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Telma de Souza denuncia manipulação da Prefeitura de Santos em dados da covid-19

Para a vereadora, atitude descredibiliza e coloca em dúvida as estatísticas da administração municipal que definem os procedimentos de reabertura

A vereadora Telma de Souza (PT) denunciou nesta quarta-feira (5) o que considera uma “tentativa da Prefeitura de Santos de manipular a informação sobre a quantidade de infectados pelo coronavírus”. Em comunicado publicado nas redes sociais, a parlamentar criticou o posicionamento do Executivo sobre os resultados dos testes rápidos realizados na Câmara Municipal, na última terça-feira (4), antecipados pela Folha Santista.

“140 pessoas foram testadas positivamente para o vírus, mas, após isso, a Secretaria Municipal de Saúde disse que devem ser considerados somente 71, pois os demais 69 testaram positivamente, mas sem transmissão do vírus. Na verdade, pelo o que fora informado à Presidência da Câmara, 140 testaram positivamente, sendo que 71 com o vírus ativo, 15 positivos não transmitindo mais, e 54 classificados como IGG/IGM (transmitindo/não transmitindo), portanto inconclusivo. Ora, se a pessoa testou positivo, estatisticamente confirma-se o vírus, independente de estar ou não transmitindo”, diz o comunicado da vereadora.

Telma destaca que a atitude descredibiliza e põe em dúvida as próprias estatísticas da prefeitura sobre a pandemia.

“Essa manipulação coloca em dúvida a própria estatística diária da Prefeitura, pois, se o entendimento for desprezar o teste positivo de quem não está transmitindo ou inconclusivo, é bem possível que os casos estejam subnotificados”, completou a parlamentar.

O número de casos é um dos aspectos avaliados para classificar a fase em que a cidade se encontra no plano de reabertura. As estatísticas definem o quanto o isolamento pode ser relaxando e quais e como as atividades podem ser retomadas.

Além de transparência na contagem das infecções, Telma também cobrou esclarecimentos sobre os custos e a procedência dos testes rápidos aplicados pelo executivo.

“A Prefeitura de Santos precisa dar real transparência aos casos, além de esclarecer custos e de onde estão vindo esses testes. Vale lembrar que, após mudar a análise dos resultados para o Instituto Adolfo Lutz, parou de haver a retestagem recomendada, por meio do teste RT-PCR, que deixou de ser aplicado nas policlínicas e nas UPAs para quem é diagnosticado positivamente no teste rápido”, acrescentou a vereadora.

“Alterar na calada da noite o entendimento sobre as estatísticas demonstra que a pandemia está descontrolada em Santos, a estratégia de enfrentamento está equivocada e as informações podem estar sendo manipuladas”, encerra Telma.

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