Transplantes de medula óssea podem ser paralisados em 2021 por falta de medicamento no Brasil

Única empresa que comercializa no Brasil o Bussulfano, remédio fundamental para a realização do procedimento, deixará de distribuir o produto

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O transplante de medula óssea está ameaçado no Brasil. No final de novembro, o laboratório francês Pierre Fabre anunciou que deixaria de comercializar o remédio Bussulfano no país pois a fábrica que o produz encerrou suas atividades.

O medicamento é fundamental para a realização do transplante de medula óssea.

“Pra quem não sabe o transplante de medula óssea é a única chance de cura para mais de 70 doenças hematológicas, mas diferente de transplante de órgãos sólidos (como coração, rim, figado) é necessário um pré-condicionamento antes da realização. Um dos medicamentos fundamentais para o TMO se chama bussulfano. No Brasil ele é produzido pelo laboratório Pierre Fabre, que comunicou em dezembro do ano passado sobre a suspensão da disponibilização do medicamento em junho de 2021”, alertou, pelas redes sociais, a jornalista e escritora Duda Riedel, que é transplantada.

“Diferente do transplante de órgãos sólidos a medula fica em toda parte do corpo, por isso não dá pra retirar e colocar a nova. Esse pré consiste em quimioterapias de altas doses para “matar” a medula velha e preparar o corpo para a medula nova”, completou Duda, que tem cobrado nas redes sociais mais atenção da imprensa e das pessoas sobre o tema.

Em nota enviada ao Jornal Nacional, da Globo, que repercutiu o assunto em sua edição deste sábado (2), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que “estuda ações e medidas que possam favorecer o acesso a produtos similares”.

Ministério

Já o Ministério da Saúde informou que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) em estoques do medicamento para apenas mais três meses.

Para pressionar autoridades em prol da obtenção do medicamento, com o intuito que os transplantes de medula óssea não sejam paralisados no país, Duda Riedel criou uma petição no Avaaz. Para assinar, clique aqui.

Confira, abaixo, a explicação detalhada da escritora e jornalista sobre o assunto.

https://twitter.com/duda_riedel/status/1345509477072707584
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