São Paulo aplica 4,8 milhões de vacinas contra a gripe e alcança 84% dos idosos

Entre os dias 23 de março e 2 de abril, foram aplicadas doses em 4 milhões de idosos (84%) e 760,6 mil trabalhadores de saúde (56%)

Tomaz Silva/Agência Brasil

O Estado de São Paulo bateu novo recorde de imunização contra a gripe: mais de 4,8 milhões de pessoas foram vacinadas desde o início da campanha, uma média diária de 600 mil aplicações. Pela primeira vez na história, a cobertura vacinal entre as pessoas com mais de 60 anos chegou a 84% em apenas oito dias, dobrando em comparação à semana passada.

Entre os dias 23 de março e 2 de abril, foram aplicadas doses em 4 milhões de idosos (84%) e 760,6 mil trabalhadores de saúde (56%). No ano passado, marca similar só foi alcançada após um mês de campanha para esses grupos prioritários.

“As coberturas vacinais alcançadas até aqui são impressionantes e refletem a dedicação dos vacinadores do SUS, bem como a conscientização da população sobre a importância da proteção individual e coletiva contra as doenças respiratórias”, parabeniza o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

No contexto da pandemia de COVID-19, o SUS de SP iniciou a campanha priorizando idosos e profissionais da saúde. Além disso, desde 30 de março, mais de 28 mil profissionais das forças de segurança e salvamento já receberam as doses, por meio da antecipação da campanha em duas semanas para esse público. “É fundamental garantir a prevenção dos profissionais de saúde que estão na linha de frente da assistência e em contato direto com a população, além dos idosos, mais vulneráveis a complicações pela gripe e também à COVID-19”, explica a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica, Helena Sato, que ocupa também a posição de coordenadora substituta do Centro de Contingência de Coronavírus.

O início da campanha em 2020 foi antecipado em três semanas, graças à agilidade do Instituto Butantan, que entrega ao Brasil 75 milhões de doses da vacina. São 10 milhões de doses a mais do que as fornecidas ao país, no ano passado.

“A vacina previne a população-alvo contra o vírus Influenza e é fundamental para evitar complicações decorrentes da gripe. Lembramos que o respeito às etapas e às orientações dos postos é necessário para que não ocorram aglomerações, de forma a evitarmos a transmissão de doenças respiratórias, como a COVID-19 e a própria gripe”, reforça a diretora de Imunização da Secretaria, Nubia Araujo. “A vacina não causa gripe em quem tomar a dose, pois é composta apenas de fragmentos do vírus que causam a devida proteção”, explica.

As doses produzidas pelo Butantan nesse ano são constituídas por três cepas de Influenza: A/Brisbane/02/2018 (H1N1)pdm09; A/South Austrália/34/2019 (H3N2); e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).

Coronavírus
A vacina contra a gripe não imuniza contra o novo coronavírus, mas a campanha é fundamental para reduzir o número de pessoas com sintomas respiratórios nos próximos meses. “Além de proteger a população contra a Influenza, precisamos minimizar o impacto sobre os serviços de saúde em meio a pandemia de COVID-19, já que os sintomas destas doenças são semelhantes”, diz o Secretario de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

A orientação aos profissionais que trabalharão na campanha é para que haja organização da fila e do ambiente. Deverá ser feita uma triagem com identificação de sintomático respiratório – presença de febre, tosse, coriza e falta de ar. Se a pessoa tiver febre ou mau estado geral, deverá ser colocada máscara no paciente e adiada a vacina, com orientação para ida a um serviço de saúde. Máscaras também deverão ser colocadas naqueles que tiverem tosse ou coriza, mas nesses casos a dose poderá ser aplicada, e ainda assim a pessoa será orientada para procurar um serviço de saúde.

As equipes deverão anotar as doses aplicadas, com mesas e distanciamento de pelo menos 1 metro entre o anotador e paciente. Cada profissional deverá usar caneta própria e álcool deverá ficar disponível para uso. O vacinador não precisa utilizar luvas nem máscara cirúrgica, apenas seguir as normas de higienização.

Etapa 1: a partir de 16 de abril para professores, portadores de doenças crônicas, comorbidades e outras condições clínicas especiais;

Etapa 1: a partir de 9 de maio, para crianças com idade maior que 6 meses e menor que 6 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), e outros;

Dia de D: 9 de maio, para todos os grupos do público-alvo, incluindo pessoas acima de 55 anos.

Sair da versão mobile