Na quarta (2), uma estação de trem na Alemanha foi isolada, como medida de segurança, pela suspeita de que dois passageiros recém-retornados de Ruanda estivessem infectados com o vírus.
Apesar do resultado negativo dos testes, os dois continuam em isolamento — e devem permanecer assim por 21 dias, conforme noticiou um jornal alemão.
Os sintomas da infecção pelo Marburg são similares aos do ebola: febre hemorrágica, dor de cabeça e dores musculares, fraqueza, diarreia, náusea e vômito.
Atualmente, não existem vacinas ou tratamentos aprovados contra o vírus, mas cientistas já foram reunidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para discutir ensaios clínicos de tratamentos potenciais.
Em 30 de setembro, cientistas ruandeses se juntaram a membros do Marvac (um consórcio de colaboração internacional para o desenvolvimento da vacina contra o vírus) para tratar da questão.
Uma das estratégias que se pretende adotar, de acordo com artigo publicado na Nature, é a vacinação em anel, método em que pessoas já infectadas ou que estiveram em contato com infectados são tratadas com antivirais e terapias de anticorpos.
Mesmo método
Esse método também foi utilizado para conter o surto mundial de ebola, entre 2014 e 2016.
Uma vacina já desenvolvida pela Universidade de Oxford também está em fase inicial de testes. No entanto, o risco atual de que o vírus se espalhe para outros países, de acordo com pesquisadores, requer atenção.
Uma cientista da Universidade de Boston ouvida pela Nature destacou que, embora haja estudos em andamento, os tratamentos e vacinas só devem ser obtidos daqui a algum tempo, quando outros surtos já tiverem ocorrido.