As operadoras de planos de saúde preveem reajuste acima de 15% após relatarem gasto médico-hospitalar recorde. Ao aplicar a mesma fórmula de cálculo utilizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entidades que representam o sistema de saúde privado chegaram a valores semelhantes.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) estima que a ANS autorize um reajuste de 15,7%. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) chegou ao índice de 15,8%.
A principal justificativa dos planos de saúde para o reajuste acima de 15% é o aumento dos custos médico-hospitalares, reportado pelas operados. Atualmente, 49 milhões de brasileiros são atendidos por planos de saúde.
Levantamento recente feito pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) revelou que a variação de custos médico-hospitalares (VCMH) das operadoras foi de 27,7% nos 12 meses encerrados em setembro de 2021, um recorde na série histórica iniciada em 2007.
Na composição dos custos com assistência à saúde, as internações tiveram o maior peso (63%). Em seguida, vieram as terapias (13%), exames (11%), outros serviços ambulatoriais (7%) e consultas (6%). De acordo com o levantamento, todos os itens apresentaram aumento nas despesas per capita entre setembro de 2020 e setembro de 2021.
Por meio de uma nota, a ANS afirmou que o porcentual máximo de reajuste a ser autorizado para os planos individuais ou familiares está sendo calculado e que será divulgado após conclusão dos cálculos e manifestação do Ministério da Economia. A expectativa é que a porcentagem seja divulgada entre maio e julho.
Com informações do Estadão e Notícias ao Minuto