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Repórter preso acusado de tráfico pode ter perna amputada após picada de aranha

Ele é acusado de produzir maconha; advogado pediu atendimento de urgência

Marcelo Carrião - Foto: Reprodução

Preso em 28 de fevereiro sob acusação de tráfico de drogas, o jornalista e ex-apresentador Marcelo Carrião, que ancorou telejornais em grandes emissoras e é famoso entre o público da Baixada Santista, foi picado por uma aranha-marrom na perna há 15 dias no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente, no litoral de São Paulo, e agora corre o risco de ter a perna direita amputada.

Ele foi detido no âmbito de uma operação da Polícia Civil contra o tráfico de drogas em Santos. Além dele, foram presos outros oito suspeitos que integrariam uma organização criminosa. O jornalista, segundo os investigadores, seria o “fornecedor” dos entorpecentes e no local onde ele estava as autoridades encontraram uma plantação de maconha em estufas.

De acordo com seu advogado, Marcelo José Cruz, o membro de seu cliente apresenta uma grave infecção, com pontos de necrose e “buracos”, o que fez com que o defensor entrasse na Justiça com um pedido de atendimento médico de urgência. O adv conta que já esteve pessoalmente na unidade prisional para uma defesa técnica e que pode atestar que, mesmo com o trabalho dedicado dos funcionários do CDP, as condições sanitárias mínimas são inexistentes.

“Se trata de uma situação que exige cuidados especiais para não resultar em danos de maior monta”, sinalizou Cruz, em entrevista patra A Tribuna, referindo-se à hipótese de seu cliente perder a perna.

Trajetória

Marcelo Carrião trabalhou no SBT entre 2012 e 2020 e, neste período, chegou ser o âncora do principal telejornal da emissora, o “SBT Notícias”. Antes, o jornalista já havia passado pela TV Mar, afiliada da extinta Rede Manchete no litoral paulista, e pela Record, emissora do “bispo” Edir Macedo.

A integridade física de qualquer cidadão custodiado num estabelecimento prisional, seja de forma temporária, preventiva ou mesmo nos casos dos apenados, é de inteira responsabilidade do Estado. Situações como essa, causadas por um inseto perigoso, podem ser evitadas por um rigoroso e eficaz procedimento de dedetização.

Jornalista e professor de Literatura Brasileira. É especialista em Estudos Brasileiros pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e tem mais de 23 mil km de sertão nordestino sobre duas rodas. É repórter, editor de colunas e artigos de Opinião e também correspondente da Fórum na Europa.
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