Carlos Paz de Souza Castro, de 61 anos, concorre à prefeitura de Santos pelo partido Avante. Ele nasceu em Santos e é analista tributário aposentado. Atualmente, é presidente de honra do Sindicato dos Oficiais Administrativos do Estado de São Paulo e do Instituto Capaz.
“Para o pleno restabelecimento da política de emprego, principalmente no Porto de Santos, propomos a formação de mão de obra especializada para a geração de postos perenes de trabalho”, aposta o candidato, que leva o número 70.
Vania Vieira Rodrigues (Avante), de 47 anos, é candidata a vice-prefeita.
Folha Santista: Por que o senhor é candidato a prefeito de Santos?
Carlos Paz: Eu sou candidato a prefeito em Santos porque amo essa cidade onde nasci, cresci e recebi educação pública de qualidade. A educação pública da cidade de Santos deu subsídios para que eu conseguisse aprovação em concursos públicos, após a graduação em Direito. Santos proporcionou-me a correta e eficaz visão de mundo que desfruto hoje e que irei implementá-la, caso seja consagrado nas urnas pelo voto popular. Portanto, enxergo a fundamental importância de disponibilizar uma educação de qualidade porque, se bem aplicada, será a chave do progresso da cidade em todos os sentidos. Além disso, vamos priorizar a efetiva valorização salarial do servidor público municipal, atreladas à implantação de cursos de reciclagem e plano de carreira compatíveis.
Folha Santista: Quais são os principais eixos do seu plano de governo?
az: A nossa equipe de trabalho vai, basicamente, focar nos seguintes itens prioritários para recolocar Santos nos trilhos: 1) Saúde de qualidade para todos. 2) Plano municipal efetivo para contenção/erradicação das enchentes. 3) Restabelecimento da política de pleno emprego. 4) Incremento de PPP’s. 5) Assistência social plena, com aplicação de critérios flexíveis para auxiliar o cidadão. 6) Ampliação de linhas urbanas, cobrindo toda a cidade, favorecendo, principalmente, os idosos ao passar para 60 anos a gratuidade nos coletivos. 7) Saneamento básico efetivo em todos os bairros. 8) Gabinete democrático e amplificado no combate à crise econômica. 9) Investimentos no Porto, através de parcerias, para formação de mão de obra especializada e geração de novos empregos. 10) Valorização salarial do servidor público municipal atrelada à implementação de cursos de reciclagem e plano de carreia compatíveis.
Folha Santista: A cidade vem perdendo empregos no Porto de Santos, o que o senhor pretende fazer para que isso se reverta?
Paz: Para o pleno restabelecimento da política de emprego, principalmente no Porto de Santos, propomos a formação de mão de obra especializada para a geração de postos perenes de trabalho; além da valorização salarial e a implantação de cursos de reciclagem e plano de carreira. Tudo isso faz parte do plano de ação de nossa equipe de trabalho para os próximos quatro anos.
Folha Santista: Qual sua posição acerca da instalação da usina de incineração de lixo em Santos?
Paz: Temos que contratar empresas técnicas que possam orientar, porque a empresa que cuida desta área na cidade de Santos tem um apoio técnico através de profissionais da USP. Porém, o gestor público terá que analisar se a proposta será a melhor e trazer outras empresas para apresentarem suas sugestões. Lembrando que a área do Saboó, que possibilita a instalação do incinerador de lixo, está sendo diariamente ocupada por moradias clandestinas.
Folha Santista: O senhor tem alguma proposta para a revitalização do Centro? O que o pretende fazer nesta região da cidade?
Paz: O Centro da cidade de Santos terá que ter uma nova política de turismo e comércio, através de revitalização da área que compreende o armazém 01 até o 12, tomando como base a mesma estruturado Porto Madero, na Argentina.
Folha Santista: Quais propostas têm para a área de cultura e turismo da cidade?
Paz: Nossa proposta passa pela construção de um ambiente educacional voltado à cultura, incentivando o interesse dos nossos jovens desde de o ensino fundamental e por diversos segmentos das artes. Mostrar, inclusive, a importância da história da cidade de Santos. Temos que investir nos nossos alunos, dando a oportunidade para que adquiram visão de mundo voltada ao universo da cultura. Administrar a cidade de Santos sempre priorizando o desenvolvimento do capital/trabalho também é importante. Empenhar o nosso orçamento para geração de empregos e investindo em políticas de turismo e valorização do comércio, com novos projetos e benefícios fiscais.
Folha Santista: O que pretende fazer para melhorar o atendimento na área de saúde, especialmente nas especialidades?
Paz: Humanizar o atendimento com a implementação da educação continuada com médicos, enfermeiros e auxiliares de técnico de enfermagem, que prestam o primeiro atendimento ao paciente. Agilizar o atendimento entre a primeira consulta e a especialidade médica. Implementar um sistema de encaminhamento para diminuir o tempo de espera entre a UPA e a remoção para as especialidades de internação, inclusive, as UTI’s. Criar um sistema eficiente de controle de estoque de medicação, objetivando manter as unidades básicas sempre abastecidas.
Folha Santista: Como avalia as duas gestões de Paulo Alexandre Barbosa?
Paz: Gestão do “Faz de Conta”. Faz de conta que nós não temos a maior favela sobre palafitas do Brasil. Faz de conta que a cidade não entrou em decadência econômica e que temos geração de muitos empregos. Faz de conta que o Centro da cidade é próspero. A atual administração priorizou grandes parcerias, cedeu contratos a empresas em diversos segmentos de serviços públicos. E continuam fazendo de conta que o enorme contingente de pessoas dormindo nas ruas não aumentou e que nossa cidade tem excelente qualidade de vida, com o transporte coletivo mais caro do país por quilômetro rodado. Não podemos chamar de administração uma prefeitura que levou Santos à falência do comércio.