O juiz Roberto Lemos dos Santos Filho remeteu à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido para a reabertura do inquérito sobre a queda do avião que matou o político Eduardo Campos, em 13 de agosto de 2014, em Santos.
O magistrado atendeu solicitação do advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à presidência da República.
Santos Filho disse que fez o envio para “assentar o acerto da conclusão alcançada”. Antônio Campos alegou que o irmão pode ter sido assassinado.
O acidente
A morte de Eduardo Campos mudou o rumo político das eleições de 2014. O avião com o ex-governador, que cumpriria agenda de campanha em Santos, saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio de janeiro, em direção ao Guarujá.
Segundo a Aeronáutica, a aeronave arremeteu quando se preparava para o pouso devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato Cessna 560XL. Sete pessoas morreram no acidente.
PF conclui relatório sem apontar culpados
Em agosto de 2018, a Polícia Federal (PF) finalizou relatório sobre as causas da queda do avião e listou um conjunto de hipóteses, como colisão com pássaros ou desorientação, mas sem apontar conclusões.
O caso passou a ser investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) e, posteriormente, arquivado pelo órgão, em 2019. A instituição alegou que não era possível determinar a causa exata da queda da aeronave e definir os responsáveis por eventuais crimes cometidos, de acordo com informações do UOL.