Um grupo de aproximadamente 50 petroleiros se reuniu, neste sábado (30), no Edifício Valongo, em Santos, para protestar contra o desmonte gradual das atividades da Petrobras na cidade. Até o momento, 937 funcionários foram transferidos para o Rio de Janeiro, o que pode provocar a desativação da unidade em Santos.
A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) da Baixada Santista. O ato, silencioso, foi marcado por cartazes de protesto. Além disso, os manifestantes respeitaram as normas de distanciamento social, em função do coronavírus.
Os petroleiros decidiram promover a manifestação depois que a empresa anunciou que, a partir desta segunda-feira (1º), serão transferidos para o Rio 937 trabalhadores que atuam em sete plataformas de exploração e produção de petróleo, na Unidade de Negócios da Bacia de Santos.
“Infelizmente, a gestão da Petrobras, com essa mudança, vai deixar São Paulo perder o status de ser a sede do pré-sal. Acontece que agora existe uma manobra de encolhimento da empresa, para se concentrar tudo no Rio de Janeiro”, declarou o coordenador do Departamento de Imprensa do sindicato, Fábio Mello.
Na avaliação do sindicato, a transferência vai provocar transtornos para os trabalhadores, que terão de mudar de cidade ou arcar com a viagem para o embarque no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
Petrobras
Em nota, a Petrobras diz que a medida não e caracteriza como transferência de empregados, pois eles continuarão trabalhando embarcados nas mesmas plataformas da Unidade da Bacia de Santos em que atuam, segundo a empresa.
“Esses empregados já embarcam no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, há mais de dois anos. Além disso, cerca de 80% deste grupo não mora na Baixada Santista. Não há, portanto, nenhuma demissão nem impacto para a economia da região”, argumenta a nota.