Com o objetivo de reafirmar a necessidade de se lutar pela democracia para evitar que a ditadura nunca mais volte ao país, a Frente Ampla Cubatão vai reunir personalidades que lutaram por direitos e liberdades individuais e pela autonomia política do município, durante a ditadura militar (1964-1985).
O Ato em Defesa da Democracia, Verdade e Memória será realizado nesta sexta-feira (31), às 17 horas, na Câmara Municipal de Cubatão. A manifestação marca os 59 anos do golpe militar.
“Em Cubatão, a ditadura se escancarou em 1968, quando a cidade foi considerada área de interesse nacional, por sediar a Refinaria Presidente Bernardes, perdendo a autonomia política. Foram 17 anos sem eleger prefeito. O silêncio só foi interrompido em 1985, quando, a pressão popular pela reabertura democrática ganhou as ruas, nas vozes de Alair de Carvalho Bossan; Anibal Ortega; Dojival Vieira; Euzébio Florêncio; Marlene Alves de Oliveira Melo; Mario Gochi, Michajlo Halajko Jr.; José Fernandes Florentino; Rolando Roebellen e Romeu Magalhães, entre outros”, destacou Paula Ravanelli, representante da Frente Ampla.
Essas personalidades serão homenageadas no evento. Segundo a organização do ato, “aos poucos, Cubatão e o Brasil voltaram a respirar ares democráticos, começando a investigar os crimes cometidos pelo Estado, contra as liberdades individuais. Tortura, perseguição e morte foram saldo infeliz dos ‘anos de chumbo’, que ainda exige reparação”.