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Frio intenso, chuvas congelantes, geadas, neve e ciclone estão previstos para Sudeste e Sul

Por causa do fenômeno La Niña, considerado uma anomalia climática, o inverno “será antecipado” e o Brasil deve ter uma onda severa de frio

Foto: Clique Camaquã

Conforme revelado na semana passada pelos institutos meteorológicos, esta semana um frio severo irá ocorrer em todo o território brasileiro. Como resultado do fenômeno La Niña, o inverno foi antecipado e, além de derrubar as temperaturas, chuvas congelantes, geadas, neve e ciclones estão previstos para ocorrer no Sudeste e Sul do Brasil. 

Por conta da previsão de que um potente ciclone vai atingir o litoral norte do Rio Grande do Sul entre esta terça-feira (17) e quarta-feira (18), por exemplo, as prefeituras da região estão tomando ações para tentar reduzir os impactos dos ventos, que podem passar dos 100 quilômetros por hora.

Na cidade de Imbé, por exemplo, o coordenador de municipal de Defesa Civil, Marco Antônio Emerim, declarou ao Diário de Canoas que a comunidade está sendo alertada sobre a chegada do ciclone e orientada a entrar em contato com a Guarda Municipal em situação de risco.

Na cidade de Xangri-lá, a prefeitura estuda distribuir telhas e lonas caso haja destelhamento. A gestão municipal de Tramandaí e a Defesa Civil também afirmaram que estão prontas para auxiliar a comunidade no que for necessário.

Outras cidades do litoral norte do Sul, como Osório, estão intensificando os avisos sobre a chegada do ciclone e disponibilizando à população números de telefone de emergência para casos de destelhamento.

La Niña antecipa inverno brasileiro 

Por causa do fenômeno La Niña, o inverno “será antecipado” e o Brasil deve ter nos próximos dias uma onda de frio severa. 

Além da geada em vários estados, inclusive em áreas do Sudeste e Centro-Oeste, o serviço de meteorologia afirma que há possibilidade de neve em alguns pontos do Sul do país.

A frente fria virá acompanhada de um ciclone extratropical, que vai ficar parado por vários dias no Oceano, e por uma intensa massa de ar polar, que será a responsável por derrubar as temperaturas.

O frio mais intenso está previsto para acontecer a partir desta terça-feira (17) e deve se estender até quinta-feira (19).

De acordo com o Climatempo, o frio “vai atingir áreas do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e até deve acontecer uma queda de temperatura, especialmente nas mínimas, no Norte do Brasil. Será uma onda de frio intensa para o mês de maio e várias cidades podem bater recordes de muitos anos. Na capital paulista, por exemplo, a temperatura mínima pode ficar abaixo de 10ºC no dia 19 de maio”.

Como ocorre o efeito La Niña 

La Niña é um fenômeno oceânico-atmosférico caracterizado pelo resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial.

Classificado com uma anomalia climática, o fenômeno acontece, em média, com um intervalo de dois a sete anos e provoca alterações significativas nos padrões de precipitação e temperatura ao redor da Terra.

As origens da La Niña ainda não são um consenso no meio científico, mas a sua alternância com o El Niño aponta para uma relação com as mudanças de intensidade de calor solar, ou seja, ciclos solares que ora determinam maior radiação solar e consequentemente aquecimento das águas do pacífico, ora apontam para o enfraquecimento da radiação solar que alcança o planeta, promovendo diminuição da temperatura das águas do Pacífico.

As consequências do efeito La Niña são as alterações nas condições climáticas de várias regiões do mundo. No Brasil, em anos de La Niña ocorrem chuvas mais abundantes no Norte e Leste da Amazônia, que podem estar associadas ao aumento na vazão dos rios da região, causando enchentes.

No Nordeste, também ocorre um aumento na quantidade de chuvas, o que é benéfico para a região semiárida. Na região Sul, observa-se a ocorrência de secas severas e aumento das temperaturas da superfície, prejudicando as atividades agrícolas que sustentam essa área. No Sudeste e Centro-Oeste, por sua vez, os efeitos são imprevisíveis, podendo ocorrer secas, inundações e tempestades.

Com informações do Diário de Canoas

Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).
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