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Corrente do Golfo pode colapsar e causar tragédia climática sem precedentes já em 2025

Cientistas se surpreendem com possível colapso de correntes marítimas que pode reordenar clima global: "ficamos perplexos"

previsão do tempo e clima para amanhã na baixada santista
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Por Yuri Ferreira

Uma nova pesquisa revelou que a Corrente do Golfo, um fluxo de águas marítimas muito importante para o equilíbrio do clima global, deve se romper totalmente entre 2025 e 2095, causando danos irreparáveis para a humanidade.

Segundo o estudo, a Circulação Meridional de Revolvimento do Atlântico (AMOC), que inclui a Corrente do Golfo, deve se alterar completamente nos próximos anos.

A chamada AMOC controla o clima ao transportar águas quentes e tropicais para o norte e águas frias para o sul, equilibrando as temperaturas oceânicas.

No entanto, uma nova pesquisa revela que a AMOC terá um colapso total entre 2025 e 2095, provocando possíveis quedas nas temperaturas e a proliferação de tempestades ao redor do mundo.

A AMOC pode existir em dois estados estáveis: um mais forte e rápido, e outro muito mais lento e fraco. Estimativas anteriores previam que a corrente continuaria se movendo, mas com um ritmo mais lentos. Porém, a mudança do clima global pode brecar completamente o fluxo das águas.

Entre as mudanças estão o aumento de temperatura no norte do planeta, além da queda em outras regiões, o que pode desequilibrar completamente cadeias de produção de alimentos ao redor do globo e abastecimento de água.

Preocupação

“O ponto de virada esperado – considerando que continuamos como de costume com as emissões de gases de efeito estufa – é muito mais cedo do que esperávamos”, disse a coautora Susanne Ditlevsen, professora de estatística e modelos estocásticos em biologia na Universidade de Copenhague, ao Live Science. “Ficamos perplexos”, completou.

O novo estudo publicado no periódico Nature Communications e tem preocupado muito a comunidade científica.

“Não gosto de soar alarmista”, disse Peter Ditlevsen, professor de climatologia do Instituto Niels Bahr de Copenhague. “Mas meu próprio resultado me assusta”, afirma.

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