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Concessionária afirma que ligações clandestinas em áreas de invasão prejudicam distribuição de água em Guarujá

Uma resposta da empresa às críticas que está sofrendo pela falta do produto nos últimos dias

Foto: Reprodução/Facebook

A Sabesp, concessionária que explora o serviço de captação e distribuição de água em Guarujá, deu, pelo menos, uma justificativa para a constante falta de água na Cidade. A empresa informou que o grande número de ligações clandestinas em áreas de invasão na Cidade afeta significativamente a distribuição na rede formal do Município. Uma resposta da empresa às críticas que está sofrendo pela falta do produto nos últimos dias.

Os guarujaenses sofreram muito na ultima semana com falta de água. Uma situação grave diante da pandemia do coronavírus, que exige cuidados extremos com a higienização e limpeza de objetos e ambientes.

“O elevado número de ligações clandestinas em áreas informais (57% do total de ligações), onde a Sabesp é impedida por lei de atuar, tem afetado significativamente a distribuição na rede formal, em razão das excessivas perdas por causa de vazamentos”, informou a empresa.

A Concessionária esclareceu também que houve aumento de consumo durante a pandemia, com a intensificação das práticas de higiene. Para minimizar o impacto para os cidadãos, a Sabesp vem transferindo para o Guarujá água da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio Cubatão, por meio de uma adutora submarina, e tem disponibilizado caminhões-pipa em pontos específicos do município.

Resposta
A Sabesp respondeu as críticas feitas pela Prefeitura da Cidade, que recusou o plano de emergência de escassez de recursos hídricos elaborado pela companhia de Saneamento. A decisão foi tomada na sexta-feira, em reunião do Grupo de Trabalho encarregado de fiscalizar o contrato do Município com a empresa. O grupo considerou o material pouco didático ao entendimento e execução por parte da população, sendo, portanto, ineficaz para o que se propõe.

O grupo formulou um novo pedido, com o intuito de receber algo prático e efetivo por parte da estatal. Também foi solicitado um cronograma de obras emergenciais para os reservatórios da Cidade. Isso porque a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) já apontou deficiências e falhas no sistema da Sabesp em Guarujá. A medida se deve aos constantes episódios de falta d’água em diversos bairros da Cidade, um problema antigo para o qual a Sabesp não consegue solucionar. Essa foi uma das ações que a Administração Municipal decidiu intensificar, de maneira coordenada, a fim de definir um diagnóstico prático deste crônico problema e exigir soluções para extingui-lo definitivamente.

“A Sabesp aguarda o envio oficialmente dos resultados da reunião do Grupo de Trabalho da Prefeitura do Guarujá para esclarecer as possíveis dúvidas sobre a linguagem técnica do Plano de Contingência para o enfrentamento da estiagem que ocorre desde abril e que foi atenuada com as chuvas em curso”, declarou a empresa em nota oficial.

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