A Justiça Federal reabriu o processo que apura as causas da morte do ex-candidato a presidente da República, Eduardo Campos. Ele foi vítima de um acidente de avião em Santos, em 2014. O caso foi reaberto a pedido do irmão, o advogado Antônio Campos, que postou a decisão em suas redes sociais.
O proceso tramita em segredo de justiça na 5ª Vara Federal de Santos, ligada ao Tribunal Regional Federal.
Na postagem, Campos diz que vai solicitar uma audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e com o novo Procurador-Geral da República (PGR), assim que este for definido. Além disso, ele reforçou o pedido de reabertura do caso, num documento em que traz provas colhidas por um perito.
Veja a íntegra do texto que o irmão de Eduardo Campos, Antônio Campos, publicou nas redes sociais:
No dia 13 de agosto de 2014, o avião que levava o então candidato a presidente da República, Eduardo Campos, e outras seis pessoas, caiu na cidade de Santos.
A aeronave saiu do Aeroporto Santos Dumont e tinha aterrissagem prevista para a Base Aérea de Santos, no distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá. No entanto, o avião caiu na Rua Vahia de Abreu, no bairro do Boqueirão, em Santos. Além do presidenciável, estavam o fotógrafo Alexandre Severo e Silva, os assessores Pedro Valadares Neto e Carlos Augusto Filho, os pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins e o cinegrafista Marcelo de Oliveira Lyra.
Em agosto de 2018, a Polícia Federal concluiu o inquérito, e apontou quatro possíveis motivos para as causas do acidente. Contudo, em nenhuma delas foi preciso determinar a razão da queda da aeronave, seja pela falta de comando da cabine ou da inoperância dos mesmos.
Quem era Eduardo Campos?
Natural de Recife, Pernambuco, Eduardo Henrique Accioly Campos foi governador de Pernambuco por dois mandatos. Ele também foi deputado federal e estadual pelo estado.
Filiado ao PSB, o político foi ministro da Ciência e Tecnologia entre o primeiro e o segundo mandato do presidente Lula. Ele tinha 49 anos quando morreu.