Por Henrique Rodrigues
O caçador e empresário Riaan Naude, de 55 anos, dono de uma empresa especializada em promover “passeios” para que seus clientes matem elefantes, leões e girafas, nas savanas africanas, foi assassinado numa estrada da província de Limpopo, na África do Sul. Naude era muito famoso nas redes por posar até com crianças ao lado de animais mortos, assim como alvo de muitas críticas por sua atividade comercial. A polícia não divulgou a data exata do crime, que teria ocorrido na semana passada.
Segundo as autoridades locais, Naude trafegava com sua picape por uma estrada conhecida como Marken Road, quando o veículo apresentou um problema de superaquecimento no motor, o que o fez parar. Nesse momento, um automóvel branco saiu de uma das laterais da rodovia, se aproximou do caçador e seus ocupantes realizaram vários disparos, o matando na hora. Um par de rifles profissionais de caça foi encontrado no porta-malas do carro da vítima.
A Pro Hunt Africa, companhia de caça de Naude, cobra altos preços dos interessados em matar animais silvestres na paisagem preservada sul-africana, como US$ 2.500 por um crocodilo, US$ 1.500 por uma girafa, ao custo adicional de US$ 350 por cada dia de atividade, além do valor inicial do “passeio”, de US$ 2.500 por pessoa.
Até agora nenhum suspeito foi identificado nas investigações, tampouco motivações para o crime. Comandante da polícia em Limpopo, o tenente-coronel da polícia Mamphaswa Seabi restringiu-se a falar sobre a cena do crime, que segundo ele continha apenas os cartuchos das balas disparadas pelos assassinos contra Naude, além do corpo do caçador, que estaria deitado no asfalto de barriga para cima e com ferimentos no crânio.