Por Ricardo Ribeiro, da Revista Fórum
Quem reside ou chegar em voos vindos do Brasil não poderá entrar na União Europeia. Os 27 países que integram o bloco concordaram em reabrir as fronteiras a partir de 1º de julho e, como a Revista Fórum adiantou no início do mês, o Brasil será barrado por ter a pandemia de coronavírus considerada fora de controle em seu território.
A lista de países foi acordada na noite da última sexta-feira (26), depois de semanas de debate do Comitê de Representantes Permanentes, que reúne os embaixadores dos países membros da União Europeia. A medida ainda precisa ser aprovada oficialmente, o que está previsto para ocorrer até a próxima segunda-feira (29), mas a Fórum teve acesso ao documento.
Os embaixadores concordaram em receber residentes de Argélia, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Tailândia, Tunísia e Uruguai.
Além do Brasil, os representantes também decidiram em impedir a entrada de quem mora ou venha de Estados Unidos, Turquia e Arábia Saudita por considerar preocupante a situação da pandemia nestes países.
O Reino Unido não é mais membro da União Europeia, mas deve seguir as regras por ainda estar no período de transição do Brexit, o processo da sua saída do bloco.
A entrada de viajantes da China, que controlou a pandemia, dependerá do princípio da reciprocidade. A permissão será dada por países europeus cujos residentes também tenham entrada autorizada no território chinês.
Os embaixadores esperam chegar a uma lista definitiva ainda no final deste sábado (27) e aprovar o documento até segunda-feira (29). Fazem parte da União Europeia Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia e Suécia.
Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein, que não fazem parte da União Europeia, mas integram o acordo de livre circulação no continente (Espaço Schengen) podem estabelecer suas próprias regras, mas a tendência é que sigam o acordo definido pelo bloco.