Depois de mais de três décadas desacostumado do medo constante de um apocalipse nuclear, o mundo voltou a alimentar a paranoia de uma guerra atômica que ponha fim a tudo por conta da invasão da Ucrânia pela Rússia. Para piorar o receio de todos ainda fez claras ameaças de ataque nuclear, botou seu arsenal “de dissuasão” em estado de alerta e resolveu trocar tiros com tanques ao lado da maior usina nuclear da Europa, a Zaporizhzhya, com potencial destrutivo dez vezes maior que o acidente catastrófico de Chernobyl, ocorrido em 1986.
Como tudo vira negócio, o proprietário de um bunker em Norfolk, no Reino Unido, colocou seu esconderijo à prova de radiação à venda no mercado imobiliário de Londres e está pedindo £ 25 mil (o equivalente a R$ 168 mil) pelo pequeno “imóvel”, que não teve a metragem informada.
O bunker localizado na vila rural de Brundall está em excelentes condições e não sofreu qualquer tipo de avaria desde sua construção, em 1961. O Reino Unido chegou a ter 1.560 abrigos resistentes a uma guerra atômica durante os anos de 1960, no auge da Guerra Fria, só que muitos foram desativados, destruídos ou sofreram deterioração provocadas por enchentes.
A imobiliária que negocia o buraco informou ao jornal Daily Mirror que o local está “impecável”, que passou por reformas e modernizações para proporcionar home office ao comprador e que o valor atual sofreu reajuste, embora não informe o valor anterior. Ainda assim, a empresa responsável por oferecer o bunker diz que o preço atual “é uma pechincha”.
Feito a cinco metros de profundidade, o abrigo que ganhou destaque na imprensa britânica foi construído com concreto ultrarresistente e chapas de aço, além de uma capa externa de tijolos e mais concreto para impedir infiltrações. O comprador só precisa ficar atento ao fato de que o bunker disponibiliza serviços de rádio e telefone, mas não tem ligação de água, esgoto e eletricidade.