O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (25) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que registrou alta de 0,95%, a maior variação para um mês de março desde 2015.
Por sua vez, o IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, ficou em 2,54% para o período de janeiro a março, acima da taxa de 2,21% registrada no mesmo período em 2021.
Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 10,79%, acima dos 10,76% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Assim como nos levantamentos anteriores, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta. O de alimentos e bebidas registrou o maior acréscimo, que foi de 1,95% e acelerou em relação ao mês anterior (1,20%).
Depois do grupo de alimentos, foi o setor de saúde e cuidados pessoais que registrou alta, cujos preços subiram 1,30%. Em terceiro lugar, o grupo de transportes, que marcou alta de 0,68%.
Os três grupos representaram cerca de 75% do impacto total do IPCA-15 de março.
Alimentação cara
No setor de alimentação e bebidas, as principais contribuições para a alta vieram da cenoura (45,65%), tomate (15,46%), frutas (6,34%), batata-inglesa (11,81%), ovo de galinha (6,53%) e leite longa vida, que teve alta de 3,41%.
Inflação foge do controle e Banco Central quase dobra a projeção para 2022
A projeção do Banco Central (BC) para a inflação de 2022 passou de 4,7% para 7,1%. A informação é do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (24).
No cenário mais otimista projetado pelo BC a inflação ficaria em 6,3%. No entanto, essa previsão conta com uma trajetória descendente do preço do petróleo ao longo de 2022. Mas, mesmo que este cenário se concretize, ele é 1,5% acima da meta prevista.
Caso a projeção de 7,1% se confirme, será o segundo ano consecutivo que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fica acima do teto da meta inflacionária.