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IML diz que bebê morto em Mongaguá sofreu tortura; suspeitos, pais são presos

"Há sinais evidentes de maus-tratos e talvez de tortura. Os pais negam as agressões, atribuindo um ao outro algum descontrole contra a criança", diz a delegada

Foto: Divulgação/Prefeitura de Mongaguá

Uma bebê de apenas um mês, Vallentina Rodrigues de Souza, deu entrada no Hospital e Maternidade Municipal de Mongaguá com hematomas e fraturas. Após a investigação do Instituto Médico Legal (IML), sinais evidentes de maus-tratos e a possibilidade de tortura foram revelados, levando à prisão dos pais da criança.

De acordo com o laudo do IML, a bebê apresentava lesões graves, incluindo afundamento de crânio, sangramento na laringe, fratura de tíbia direita e luxação de cotovelos. As autoridades locais, consternadas com a situação, agiram rapidamente, prendendo o pai, Yuri Rodrigues da Silva, de 19 anos, em flagrante, e apreendendo a mãe, uma jovem de 17 anos.

A delegada Damiana Shibata, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Mongaguá, comentou sobre o caso: “O laudo do IML apontou que há sinais evidentes de maus-tratos e talvez de tortura. Os pais negam as agressões, atribuindo um ao outro algum descontrole contra a criança”.

Além disso, o laudo do IML revelou que as fraturas no corpo da bebê eram lesões anteriores, indicando que as agressões ocorreram ao longo de um período anterior à internação. A mãe relatou à polícia que a criança acordou com febre, vomitou e teve diarreia, mas não pôde levá-la ao médico por falta de recursos para o transporte.

A prefeitura de Mongaguá informou que a bebê foi encaminhada ao Hospital Municipal via Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), apresentando sangramento nasal, oral, hematomas e as graves lesões citadas anteriormente. Após a trágica confirmação do óbito, a bebê foi levada para o IML com a presença da Polícia Militar (PM), e o caso foi registrado como morte suspeita na Delegacia Sede da cidade, onde será minuciosamente investigado.

Pai diz que pretendia levar a criança ao hospital

O pai da bebê, em seu relato no boletim de ocorrência (BO), afirmou que vive com a mãe da criança há dois anos e que a bebê tinha um mês e 20 dias de vida. Ele justificou que, ao perceber que a bebê estava com febre e diarreia após retornar de uma ida ao mercado, planejava levá-la ao hospital no dia seguinte. O pai também mencionou que, há uma semana, notou manchas no corpo da bebê, mas não procurou ajuda médica.

Por volta das 21h, o pai foi acordado pela esposa, que informou que a bebê não estava bem e ligou para o serviço de emergência (192). Um médico orientou a mãe por telefone a fazer uma massagem na criança. O Samu chegou após 30 minutos e encaminhou a família para o hospital, onde a morte da bebê foi confirmada. O pai foi posteriormente encaminhado para a delegacia para prestar esclarecimentos.

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