O Ibama reuniu técnicos do órgão e especialistas em produtos químicos para definir as estratégias de uma operação para rastrear os produtos perigosos no Porto de Santos, marcada para a segunda quinzena do próximo mês de setembro. Medidas específicas, porém, foram mantidas em sigilo.
Conforme adiantado pelo Folha Santista, o Ibama decidiu realizar a operação após a explosão no Porto de Beirute, no Líbano, que causou mais de 170 mortos e 6.000 feridos. Uma carga de nitrato de amônio é apontada como causadora da violência da explosão.
Muito utilizada como fertilizante, a sustância está presente em grande quantidade na Baixada Santista, com armazenamento e movimentação no cais santista, e produção em Cubatão.
A reunião ocorreu a última quinta-feira (13), com a presença de equipes de fiscalização do Ibama e especialistas em produtos químicos e em atendimento de emergências. A agente ambiental federal Ana Angélica Alabarce, responsável pelo Ibama na região, afirmou que é o momento das autoridades se unirem para fazerem uma varredura do que realmente está acontecendo no Porto de Santos.
“Nós começamos a traçar um plano de ação. Já fazemos essa prevenção há algum tempo, mas agora vamos colocar mais força, fazer em todos os terminais do cais santista. Serão, no mínimo, 15 dias de operação. O Ibama irá verificar a situação de cada terminal e as cargas abandonadas para mapear como estão armazenados esses produtos perigosos. Queremos saber como essas cargas estão sendo fiscalizadas, pois podem colocar a região em risco”, disse, em entrevista ao G1.
A coordenadora informou ainda que o Ibama tomará medidas contra empresas que descumprirem as regras de controle de materiais perigosos, mas não apresentou detalhes.