O ato unificado, organizado por vários coletivos feministas, reuniu em Praia Grande, no sábado (5), mais de 200 mulheres e homens de coletivos, de setorial de mulheres de partidos progressistas e de sindicatos. O evento, por um Brasil sem machismo, sem racismo e sem fome, marcou o Dia Internacional das Mulheres, que será nesta terça (8).
O objetivo foi levantar o debate sobre questões relacionadas às mulheres, ainda vítimas de violência em vários sentidos.
“A data tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. É, portanto, um dia de luta que une as vozes de todas as mulheres trabalhadoras, sejam elas indígenas, negras, quilombolas, brancas, de origem asiática, ribeirinhas, da floresta à cidade, da periferia ao campo, lésbicas, bissexuais e transexuais, mulheres com deficiência, jovens, idosas e mães, enfim, de todas as regiões do Brasil”, explica a organização do ato.
Essa união, ainda segundo as organizadoras, constrói um programa feminista que combina reflexão teórica e diferentes experiências de luta social, “contra o capitalismo, o neoliberalismo, o sexismo patriarcal, o racismo estrutural e institucional, o colonialismo e também a cis heteronormatividade. Um sistema que explora, oprime, violenta e discrimina as mulheres em sua dignidade humana, negando-lhes direitos e igualdade social”.
Triste estatística
No Brasil, um dos exemplos mais marcantes de violência é que a cada duas horas ocorre um caso de estupro, sendo que o maior número se refere às vítimas menores de 14 anos de idade, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em relação a 2021.
Na Baixada Santista, o ato teve concentração na Fatec/Praia Grande, de onde os manifestantes seguiram em passeata pela Avenida Costa e Silva, em direção à orla da praia.