O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, na manhã desta quinta-feira (11), uma parceria entre o Instituto Butantan e um laboratório chinês para a produção de uma vacina contra a Covid-19.
Segundo o tucano, a droga já estaria na terceira fase de testes, o último estágio antes da distribuição. O anúncio foi feito ao lado de Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, em um vídeo no Twitter.
Na semana passada, foi divulgado que o Brasil tinha grandes chances de se tornar um dos produtores mundiais de uma vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a Astrazeneca, com produção no país liderada pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz.
Assista ao vídeo:
Como funciona
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), há cerca de 136 candidatas a vacinas contra o coronavírus em estudos em todo o mundo, mas somente dez estão na fase de ensaio clínico, que permite testagem em humanos. A vacina da Sinovac é baseada na manipulação em laboratório de células humanas infectadas com o coronavírus.
A vacina, então, é produzida com fragmentos “desativadas” do coronavírus para inoculação em humanos. Com a aplicação da dose, o sistema imunológico passaria a produzir anticorpos contra o agente causador da COVID-19.
É o mesmo princípio usado em outras vacinas globalmente bem-sucedidas, como as do sarampo e poliomielite. O Butantan é o principal produtor de soros e vacinas do Brasil e possui expertise reconhecida em todo o mundo em tecnologias de imunização.
Ampla cooperação
O Governador lembrou que a possibilidade de parcerias específicas entre o Estado e grandes empresas chinesas, como a Sinovac, teve início em agosto de 2019. Foi quando o Governo de São Paulo inaugurou um escritório comercial em Xangai.
Com o escritório na China, São Paulo fortaleceu e ampliou as relações econômicas com o país asiático, que é o maior parceiro comercial do Brasil em todo o mundo.
“Essa parceria entre o Butantan e a Sinovac é prova do apoio e investimento do Governo de São Paulo em ciência e tecnologia. E também na cooperação internacional e na boa relação com as nações”, completou Doria.