As cidades da Baixada Santista formalizarão ao governo do estado solicitação para que a rede pública de saúde da região não atenda pacientes com Covid-19 que sejam de fora. Além disso, vai pedir, também, a ampliação do atendimento no Hospital Regional de Itanhaém, unidade de saúde pertencente à rede estadual.
As medidas foram anunciadas durante a 11ª reunião do Comitê Metropolitano de Contingenciamento do Coronavírus na Baixada Santista, realizada nesta terça-feira (12), por videoconferência, com os nove prefeitos da região metropolitana.
Segundo o presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb) e prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que, na última sexta-feira (8) apresentou ao estado pedidos por mais leitos nas cidades de Santos e Praia Grande, a Baixada Santista precisa priorizar apenas o atendimento à população da região.
“Tivemos casos, em Guarujá, de pacientes de fora da Baixada que estão sendo atendidos. Nosso pedido é que o estado possa transferir para outras regiões que estejam com taxa de ocupação de leitos baixa”, declarou o tucano.
O prefeito destacou que o índice de utilização dos leitos hospitalares já alcança os 80%. Por isso, frisou: “Os atendimentos devem ser feitos em outros hospitais e outras regiões do estado”.
Leitos
Outro pedido que será encaminhado ao estado diz respeito à ampliação do número de leitos do Hospital Regional de Itanhaém para atendimento de casos de coronavírus. Segundo Barbosa, a unidade comporta mais 40 vagas, sendo dez de UTI e outras 30 de clínica médica.
“Além dos leitos em Santos e Praia Grande para atender à nossa região, queremos que o estado possa priorizar a ampliação do atendimento no Hospital de Itanhaém, um hospital próprio do estado”. A medida, segundo o prefeito, dá preferência às cidades do Litoral Sul, que sentem a necessidade por mais vagas.
No encontro com o governador João Doria, na última sexta-feira (8), Paulo Alexandre abordou a questão do Hospital Vitória, na Vila Belmiro, unidade de saúde cedida ao município e que agora depende de recursos de custeio para funcionar, e também sobre ampliação de leitos em Praia Grande, medidas que permitem mais atendimento à população da região.
“Estamos trabalhando regionalmente e pensando em políticas públicas de enfrentamento que possam considerar todos os moradores da Baixada Santista”, acrescentou.
Academias e salões e beleza
Durante a videoconferência, também foi discutido o decreto presidencial, publicado em edição extra na tarde desta segunda-feira (11) do Diário Oficial da União, que inclui salões de beleza, barbearias e academias de ginástica na lista de serviços essenciais.
“O decreto diz que o Ministério da Saúde vai regulamentar como será o funcionamento desses locais e deliberamos por esperar as regras para uma decisão conjunta com todos os prefeitos”, completou.
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