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Santos tem ocupação de 72,8% dos leitos de UTI adulto e de 38,9% de clínicos

Sistema de monitoramento passa a apresentar avanço da ocupação hospitalar em Santos

Foto: China Daily

Os dados do avanço da ocupação hospitalar em Santos por pacientes com quadro do novo coronavírus agora podem ser consultados a qualquer momento na plataforma Monitoramento Santos Covid-19 (https://egov.santos.sp.gov.br/santosmapeada/Saude/DadosDEVIG/MapaDEVIG/#). O acesso à essa nova informação, entre outras também disponibilizadas, é uma evolução do sistema lançado pela Prefeitura no último dia 23 de abril, que apresenta, por meio de gráficos, várias estatísticas oficiais relacionadas à doença na Cidade.

Os dados, atualizados em tempo real, apontam, até agora, ocupação de 72,8% dos leitos de UTI adulto e de 38,9% de leitos clínicos, considerando as redes SUS e particular. As novas informações foram transmitidas na tarde desta quarta-feira (6), durante a segunda reunião do Monitoramento Santos Covid-19, que atualiza e discute as informações e medidas relacionadas ao novo coronavírus na Cidade.

O encontro contou com a participação presencial do secretário de Saúde, Fábio Ferraz, do secretário adjunto Valter Makoto, Ana Paula Valeiros, chefe Departamento de Vigilância em Saúde de Santos, e Rui de Rosis Junior, que coordena a Comissão de Fiscalização e Transparência Contratações Covid-19. Por meio de videoconferência, compareceram representantes da Câmara e de entidades da sociedade civil que foram indicados para a comissão.

Ferraz referiu-se ao Plano de Contingenciamento Hospitalar, que prevê um total de 530 novas vagas destinadas apenas a casos de covid-19, e que serão disponibilizadas conforme a necessidade. Daí a importância do acompanhamento das ocupações hospitalares em tempo real. “À medida que ela for apontando avanço na ocupação, vamos abrindo novos leitos”.

A plataforma, que apresenta dados apenas de residentes de Santos, também passou a disponibilizar informações como tipo de internação dos casos confirmados (SUS, particular ou até mesmo sem internação), distribuição de óbitos por faixa etária (atualmente com 32,8% de pessoas entre 80 a 89 anos), por sexo (63,9% são homens), casos confirmados por data de início dos sintomas, número de altas hospitalares e comorbidades presentes nos casos confirmados da doença (diabetes aparece com 25,8%), além de um gráfico sobre os sintomas prevalentes nos pacientes.

“Podemos traçar estratégias importantes, porque há muitos sintomas que se confundem com outros e o diagnóstico da covid-19 pode se confundir com dengue ou gripe”, explicou Ana Paula, detalhando alguns sinais apontados pelo gráfico da plataforma, como tosse seca (23,2%), febre não muito alta (20,9%) e desconforto respiratório (13%) como os principais.

“Mas há também perda de paladar, olfato, dores abdominal e torácica, náusea, enjoo. Esse monitoramento em tempo real e a testagem são ações importantes para termos a real condição dos pacientes”.

A plataforma é integrada ao serviço Santos Mapeada e conta com geoprocessamento e mapas por meio do Sistema de Informações Geográficas de Santos (SIGSantos).

O sistema oferece ainda distribuição de casos confirmados por bairro, sexo e faixa etária, coeficiente de incidência (casos confirmados por um milhão de habitantes) e a taxa de letalidade (proporção de mortes por casos confirmados), incluindo comparações com a cidade de São Paulo (Capital), Estado de São Paulo, Brasil e Mundo.

Relatórios
Na ocasião, foram abordadas as ações da Comissão Especial de Fiscalização e Transparência das Contratações para o Enfrentamento do Coronavírus, que semanalmente emite relatório sobre aquisição de insumos e aparelhos para envio ao Ministério Público (https://www.santos.sp.gov.br/?q=noticia/compras-de-insumos-para-a-covid-19-em-santos-serao-relatadas-ao-mp), diante dos preços abusivos praticados por muitos fornecedores. O objetivo é dar mais transparência aos gastos do Município durante a pandemia e ajudar nas negociações por produtos de qualidade pelos menores custos possíveis aos cofres públicos. A comissão foi criada por iniciativa da Prefeitura, no último dia 27 de abril, por meio do decreto 8.949.

Rui de Rosis Junior esclareceu que a comissão analisou o primeiro documento elaborado pela Prefeitura, que aponta os gastos de todas as secretarias municipais relacionados à covid-19. O relatório foi enviado à comissão, Câmara e Ministérios Públicos Estadual e Federal. “É um trabalho conjunto que contribui com melhoria dos dados que são repassados à sociedade e com a Prefeitura, na fiscalização desses gastos”.

Um segundo relatório deve ser entregue à comissão ainda nesta semana e, em breve, os gastos relativos às ações de combate ao coronavírus estarão publicados no Portal da Transparência. O encontro também contou com a participação dos demais participantes da comissão: a vereadora Telma de Souza, representando a Câmara; Ana Beatriz Soares, representando a Associação Paulista de Medicina – Santos, Roberto Luiz Pardini Almeida, em nome da Ordem dos Advogados do Brasil – Santos, Eduardo Luiz Mathias Maccheri, do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis da Baixada Santista (Sescon), e Marcio Calves, diretor-executivo da Associação Comercial de Santos (ACS).

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