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Relator da CPI, Renan Calheiros diz: “Bolsonaro é um serial killer que tem compulsão pela morte”

O senador também afirmou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, "se revelou uma versão piorada do Pazuello"

Senador Renan Calheiros - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Em entrevista coletiva antes da votação do relatório final da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que é o relator da comissão, afirmou que o presidente Bolsonaro (sem partido) tem “compulsão pela morte” e que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se revelou pior que Eduardo Pazuello.

“Essa responsabilidade (mortes pela Covid) é de muita gente, tem muitos indiciados, mas ela é, principalmente, desse presidente da República (Jair Bolsonaro), esse serial killer que tem compulsão pela morte e que continua a repetir tudo que fez anteriormente. Agora com a declaração de que a vacina pode proporcionar Aids, ele demonstra que não tem respeito nenhum com a vida dos brasileiros e nem zela pela saúde pública”, criticou Calheiros.

Questionado sobre a atuação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Calheiros afirmou que ele se revelou uma “versão piorada do Pazuello”. “Esse ministro foi uma decepção completa, no cargo, ele virou uma versão pior do que a versão Pazuello (ex-ministro da Saúde). Ele aparentava ter conhecimento e é inacreditável a forma como ele se coloca à disposição de tudo o que presidente da República quer. Ele repete aquela coisa: um manda, o outro obedece”, disse.

Banimento

Além disso, o relator da CPI da Covid revelou que o texto final da comissão vai pedir o banimento de Jair Bolsonaro das redes sociais. “Nós vamos pedir o banimento do presidente da República das redes sociais. Fake news mata. Ela é responsável por muitos crimes na pandemia e o criminoso continua à solta e ele precisa ser contido nessa sua compulsão pela morte”, afirmou.

Por fim, Renan Calheiros disse esperar que o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, dê prosseguimento ao relatório final da CPI. “O dever do procurador-geral é dar prosseguimento. Essa investigação não é uma investigação qualquer, ela está embasada em provas, indícios, que se fez à luz do dia, com acompanhamento da sociedade, que calou fundo no mundo todo. Então, é claro que o dever dele é dar consequência, colocar a investigação para andar, continuar”, comentou Renan.

Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).
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