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Publicitário tetraplégico com comorbidade é impedido de receber vacina contra Covid

A justificativa é que ele não é usuário do Benefício de Prestação Continuada (BPC): “As equipes sequer olharam para o laudo”, disse Alexei Schenin

Alexei Schenin - Foto: Reprodução/Facebook

Alexei Schenin, o Ksei, um publicitário de 47 anos, que tem tetraplegia espástica e sofre de enfisema panlobular, não teve permissão para receber a vacina contra a Covid-19 em Santos. A justificativa é que ele não é usuário do Benefício de Prestação Continuada (BPC), de acordo com informações do blog Vencer Limites, em O Estado de S. Paulo.

O Programa Estadual de Imunização (PEI) está vacinando pessoas acima de 45 anos com comorbidades e deficiências permanentes.

Para as comorbidades, é necessário apresentar laudo. Em relação às pessoas com deficiência, apenas quem recebe BPC pode se imunizar.

O publicitário tem deficiências permanentes, além de comorbidades.

No entanto, ele se dirigiu a três postos de vacinação em Santos e não conseguiu se imunizar. O laudo apresentado por Schenin, emitido por uma médica da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, informa que ele tem sequela de tetraplegia espástica (CID 10 – G82.4), com repercussão pulmonar (CID 10 – J43.1).

“As equipes sequer olharam para o laudo. Quando me viram na cadeira, imediatamente disseram que eu só seria vacinado se apresentasse meu número do BPC, mas eu não recebo o BPC”, relata Schenin.

Justificativas

Em nota, a prefeitura de Santos disse que “para as pessoas com deficiência permanente, o município é obrigado pelo estado a exigir a apresentação do BPC”.

Em relação a não obrigatoriedade de apresentação do comprovante de recebimento do BPC, a questão deve ser encaminhada ao governo do estado, “responsável pela restrição”.

O governo de São Paulo, também via nota, afirmou que “o Programa Estadual de Imunização (PEI) segue com a imunização contra a Covid-19 e, neste momento, realiza a vacinação de pessoas acima de 45 anos com comorbidades e deficiências permanentes que recebem benefício de prestação continuada (BPC). Em um segundo momento a imunização será ampliada para as pessoas que não recebem BCP”.

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