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Pesquisa internacional conclui que hidroxicloroquina não evita mortes e ainda prejudica coração

O estudo contemplou 1.438 pacientes de 23 hospitais do estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos, e a maioria (59,7%) era formada por homens com 63 anos, em média

Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil

Uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association revela que a hidroxicloroquina, além de não evitar mortes pelo novo coronavírus, ainda pode provocar problemas no coração. O resultado vai de encontro ao que defende Jair Bolsonaro, que prega o uso do medicamento, sem o menor respaldo científico.

O estudo contemplou 1.438 pacientes de 23 hospitais do estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos. A maioria (59,7%) era formada por homens com 63 anos, em média. Internados há pelo menos 24 horas entre 15 e 28 de março foram considerados elegíveis. O último acompanhamento aconteceu em 24 de abril.

A metodologia aplicada previu que os pacientes fossem divididos em quatro grupos: o primeiro foi tratado só com hidroxicloroquina; o segundo, apenas com azitromicina; o terceiro, com os dois medicamentos; e o último, com nenhum dos dois.

Imagens de Raios x detectaram que os pacientes medicados (cloroquina, azitromicina ou ambos) ficaram mais propensos a desenvolver problemas como diabetes, baixa saturação de oxigênio e manchas anormais nos pulmões.

E ainda: dos que receberam os medicamentos, 15,5% registraram paradas respiratórias e 27,1%, anormalidades nos eletrocardiogramas.

A proporção é de 13,7% e 27,3%, respectivamente, entre os tratados apenas com hidroxicloroquina; 6,2% e 16,1% entre os que receberam azitromicina; e 6,8% e 14% entre os que não foram medicados com nenhum dos dois.

Comparação

Segundo os pesquisadores, na comparação com os pacientes que não receberam nenhum dos medicamentos, não ocorreram diferenças significativas em relação aos que foram tratados com hidroxicloroquina, azitromicina ou os dois.

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