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Perto de completar três anos, pandemia de Covid-19 está próxima do fim, indica OMS

Decretada em março de 2020, a emergência de saúde global pode estar com os dias contados; no Brasil, foram mais de 35 milhões de pessoas infectadas pelo coronavírus e 691 mil mortes

Foto: Pedro Guerreiro/Ag. Pará/Fotos Públicas

No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou estado de emergência de saúde em nível global, ou seja, tal data marca o início da pandemia da Covid-19, que segue até hoje. 

Desde então, o mundo passou a conviver com novos protocolos de saúde e, em suas primeiras ondas, quando ainda não existiam vacinas, lamentar a morte de milhões de pessoas. 

Segundo dados da OMS, desde o começo da emergência sanitária global, mais de 6 milhões de pessoas morreram por Covid, e 651 milhões se infectaram. 

No Brasil, foram mais de 35 milhões de pessoas infectadas pelo coronavírus e 691 mil mortes. 

Doença deixou para trás a fase mais perigosa

Porém, o estado de emergência sanitária global por Covid pode estar perto do fim. Durante coletiva, a OMS declarou nesta quarta-feira (14) que a Covid e Mpox (varíola dos macacos) devem deixar de ser emergências de saúde pública em 2023, pois, de acordo com a organização, as duas doenças deixaram para trás a fase mais perigosa. 

Em março de 2023, a pandemia completará três anos e o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus declarou que o número de mortes semanais por Covid-19 é cerca de um quinto da cifra de um ano antes. 

“Na semana passada, menos de 10 mil pessoas morreram por Covid. Ainda são 10 mil mortes a mais e os países ainda podem fazer muito para salvar vidas. Percorremos um longo caminho. Temos esperança de que em algum momento no próximo ano [2023] possamos dizer que a Covid-19 não é mais uma emergência de saúde global”, disse Tedros.

O diretor da OMS também analisou qual será o futuro do mundo pós-pandemia. “Este vírus não vai desaparecer. Veio para ficar e todos os países terão de aprender a lidar com ele, assim como com outras doenças respiratórias”, declarou Tedros. 

Ele também afirmou que as ondas de contágio continuarão a acontecer, mas que não serão mais como no começo da pandemia e frisou que as mortes por Covid se dão, principalmente, “entre pessoas que não foram vacinadas ou que não receberam o esquema completo de vacinação”.  

Pós-pandemia 

Com o fim da pandemia no horizonte, a OMS afirmou que o comitê técnico da organização vai analisar a epidemiologia, as variantes e o impacto do vírus para estabelecer um plano de saída da pandemia. 

A epidemiologista Maria van Kerkhove, que comanda o comitê técnico, declarou que “embora 13 bilhões de vacinas tenham sido aplicadas no mundo, cerca de 30% da população ainda não recebeu nenhuma dose” e que isso deve ser levado em conta antes de decretar o fim da emergência de saúde global. 

Kerkhove também ressaltou que a OMS ainda está debruçada para descobrir como se deu o início da pandemia e que, apesar do surgimento de remédios de prevenção à Covid, as vacinas ainda são os principais instrumentos de combate ao coronavírus. 

Com informações da Folha de S. Paulo

Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).
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