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Pedidos de socorro por violência doméstica crescem 20% em SP durante isolamento

Nos últimos seis dias da primeira etapa da quarentena, o número de ocorrências foi quase 30% maior do que o registrado no ano passado

Foto: Agência Brasil

Por Luisa Fragão, da Fórum

Desde o início do isolamento social decretado pelo governo de São Paulo como forma de combate ao coronavírus, os pedidos de ajuda envolvendo violência doméstica cresceram 19,8% no estado. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública e englobam notificações feitas à Polícia Militar.

Entre os dias 20 de março e 13 de abril deste ano, foram 7.933 ocorrências registradas pela PM. O mesmo período no ano passado registrou 6.624 casos. Parte desses pedidos de ajuda são feitos por vizinhos ou terceiros que testemunharam a violência.

Os dados também mostram que as ocorrências de violência doméstica estiveram em aceleração nos últimos dias da análise. De 20 de março e 7 de abril, término da primeira etapa da quarentena decretada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), esse tipo de atendimento registrou alta de 16,9%, cerca de três pontos percentuais menos do que agora.

Com isso, apenas nesses últimos dias de análise, o crescimento em comparação com o ano passado foi de 29,2%. Com isso, são 2.000 casos registrados neste ano em apenas seis dias, contra 1.548 no período equivalente em 2019.

Os números evidenciam a vulnerabilidade que muitas mulheres enfrentam dentro de casa, algo que é potencializado pela condição do isolamento social. “O confinamento amplia o acirramento das tensões de um relacionamento abusivo e reduz as condições da mulher de conseguir ajuda”, explica a promotora Fabíola Sucasas, do grupo de enfrentamento à violência doméstica do Ministério Público de São Paulo, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

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