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“Otimismo de Doria foi muito forte”, diz Marcos Caseiro, que prevê ButanVac para depois de agosto

Governador havia anunciado que vacinação se iniciaria em julho. Segundo o médico, estudo clínico dura de 18 a 24 semanas

Foto: Reprodução

O médico infectologista Marcos Caseiro afirmou em entrevista ao Fórum Onze e Meia, nesta sexta-feira (26), que a previsão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de finalizar os estudos clínicos da ButanVac em três meses, a tempo de iniciar a vacinação em julho, foi de um otimismo “muito forte”. Para o especialista, a imunização não deve se iniciar antes de agosto.

A apresentação da ButanVac foi feita em coletiva na manhã desta sexta-feira (26), com participação de Doria e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. Os dois afirmaram que os testes clínicos devem começar em abril. Com isso, 40 milhões de doses devem ser produzidas em maio e a vacinação começaria em julho.

“Certamente foi uma injeção de ânimo nessa triste realidade que estamos vivendo”, disse Caseiro. No entanto, ele afirma que não será possível apresentar o resultado do estudo clínico do imunizante no tempo apresentado pelo governo de São Paulo.

“Eu acho que o otimismo do Doria foi muito forte. O movimento foi bem legal, mas não tem como aprovar essa vacina, fazendo as coisas da maneira como tem que ser feita, em três meses de estudo clínico. É impossível em menos de 18 a 24 semanas. Esse entusiasmo é legal, todos ficamos felizes, mas não vamos nos iludir. Não dá para ter uma vacina em julho”, disse o infectologista.

Documentos

“Não acredito que antes de julho ou agosto se tenha dados da eficácia dessa vacina. Impossível sair antes disso”, completou.

Os documentos para a liberação dos testes clínicos serão enviados ainda nesta sexta para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o governador Doria, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também será notificada sobre a ButanVac. Além disso, o governador também revelou que, após a imunização dos brasileiros, a vacina será encaminhada para países de renda média e baixa.

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