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Governo do estado não aceita argumentos dos prefeitos e mantém Baixada Santista em alerta máximo

Paulo Alexandre Barbosa, prefeito de Santos e presidente do Condesb, estará, pessoalmente, no Palácio dos Bandeirantes, nesta sexta, para novo encontro com autoridades estaduais

O secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi - Foto: Divulgação/Governo de SP

O governo do estado de São Paulo não se sensibilizou com os argumentos utilizados pelos prefeitos da Baixada Santista. Eles reivindicam que a região deve subir na classificação que define a flexibilização das atividades econômicas, diante da pandemia de coronavírus.

Somente três regiões do estado foram enquadradas na Fase 1, também conhecida como Zona Vermelha, que exige um isolamento social no nível mais rígido possível: Baixada Santista, Vale do Ribeira e Grande São Paulo. Este estágio, além de deixar a região em alerta máximo, impede qualquer reabertura de comércios, exceto os essenciais.

Marcos Vinholi, secretário estadual de Desenvolvimento Regional, voltou a declarar que a classificação da Baixada como uma das regiões mais afetadas pelo coronavírus não deverá ser alterada.

Todos os prefeitos da região, em nova tentativa de fazer o governo estadual mudar de ideia, se reuniram, por videoconferência, na noite desta quinta-feira (28), com Vinholi, o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Dimas Covas, além do secretário estadual de Turismo, Vinicius Lummertz.

O encontro terminou depois de 22 horas e, apesar do longo debate sobre o tema, não se chegou a um consenso.

Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), prefeito de Santos e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), não desistiu de fazer uma nova tentativa.

Ele estará, pessoalmente, no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, nesta sexta-feira (29), às 13 horas, para novo encontro com autoridades estaduais. O objetivo é que o pleito da região seja atendido.

Discordâncias

“Nós discordamos dos números apresentados pelo estado, porque eles não reproduzem a realidade da Baixada Santista e manifestamos uma posição unânime dentre os nove prefeitos para que o estado possa revisar, em caráter imediato, os critérios que colocaram a Baixada Santista nessa classificação, porque é inconcebível que a capital de São Paulo, epicentro da pandemia no Brasil, esteja classificada numa fase mais flexível da liberação das atividades do que a Baixada Santista”, disse Barbosa.

“É legítima a vontade da sociedade e dos prefeitos para retomar o mais rápido possível as atividades econômicas. Nós também queremos, mas dentro das métricas colocadas e de maneira responsável. Estou em diálogo constante com os prefeitos, muitos deles têm questionamentos e estamos elucidando todos os passos”, destacou Marcos Vinholi.

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