Por Fabíola Salani, da Revista Fórum
Caso tudo dê certo, a vacina contra o novo coronavírus começará a ser aplicada no estado de São Paulo no dia 15 de dezembro. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (30) pelo governador João Doria (PSDB), durante assinatura do termo de compromisso com a chinesa Sinovac Life Science para fornecimento de 46 milhões de doses da Coronavac até dezembro.
Os primeiros a serem vacinados serão os profissionais de saúde: médicos, paramédicos, enfermeiros, técnicos que atuem em hospitais públicos e privados no estado, além dos funcionários de unidades de saúde.
O vice-presidente da Sinovac, Weining Meng, esteve no Palácio dos Bandeirantes para assinar o acordo do fornecimento das vacinas com Doria e com o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas. No valor de US$ 90 milhões, o contrato inclui, além do fornecimento das vacinas acabadas, matéria-prima para produção das vacinas no Butantan e transferência de tecnologia.
Tanto na China como no Brasil, os testes clínicos passaram a envolver voluntários com mais de 60 anos, grupo mais suscetível aos sintomas graves da Covid-19. A expectativa do Butantan é que os testes de eficácia da Coronavac sejam encerrados até o dia 15 de outubro.
Se o imunizante tiver sucesso na última etapa dos testes, o Butantan pedirá a aprovação emergencial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Voluntários
Covas disse que nesta quarta-feira os testes no Brasil atingiram 7 mil voluntários vacinados. “Das vacinas contra o coronavírus com estudo clínico na fase 3 no Brasil, esta é a mais avançada”, afirmou o presidente do Butantan.
O tom da coletiva foi todo de otimismo, levando em conta que os testes darão certo nos prazos previstos. Mas Doria alertou, quando questionado sobre como lidar com a ansiedade de quem quer tomar a vacina, que a imunização só será aplicada se for aprovada pela Anvisa.