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Diretora de Mongaguá: “Professores não estão pegando Covid, eles não querem é trabalhar”; veja vídeo

Priscila Eleutério Gomes trabalha na cidade onde o prefeito perdeu o pai e o irmão para a doença

Foto: Reprodução

A diretora municipal de Educação de Mongaguá, no litoral de São Paulo, Priscila Eleutério Gomes, afirmou durante transmissão ao vivo em suas redes sociais, que os professores da rede municipal de ensino não quererem trabalhar, e negou a existência de casos de Covid-19 entre eles.

Mongaguá foi onde o prefeito perdeu o pai e o irmão para a doença. Ela fala na transmissão que professores estão mentindo sobre o contágio pelo coronavírus. “Se vocês estão ouvindo que os professores estão pegando Covid, é mentira. É mentira, tá? Não estão. Por que são só os professores que pegam Covid? Estranho isso. Funcionário não é nada? Gestor não é nada? Então gente, é muito ‘mimimi’ para pouco ‘vamos lá'”, diz.

“O que acontece hoje é que tem gente que não quer trabalhar, esse que é o grande problema. E eu tenho que avisar, ou lembrar, que as pessoas têm deveres, tá bom? Não existe essa possibilidade. Os professores que estão apresentando atestado é porque estão em home office, e eu não tenho nada a ver com a vida de ninguém”, disse ainda a diretora.

A prefeitura soltou nota sobre o caso:

“A Prefeitura de Mongaguá informa que o Departamento Municipal de Educação segue as diretrizes do Governo do Estado em relação à retomada das atividades presenciais. No dia da live em questão, a diretora Priscila Eleutério Gomes apresentou um raio-X sobre como estava o dia a dia da retomada gradual das aulas presenciais, com 35% dos alunos. Todos os profissionais trabalham com EPI e as unidades passam por constante higienização e sanitização.

Como no último boletim do Governo do Estado, cidades vizinhas a Mongaguá tiveram elevação no contágio, o município suspendeu a retomada presencial.

O material que está sendo divulgado é um trecho da fala da diretora Priscila, descontextualizando a mensagem. Os bebês e crianças das creches com menos de 2 anos não usam máscara, mas todos os profissionais usam EPIs.

Na Educação Infantil, as atividades retomaram em 10 de maio, e a Pré-Escola, dia 24 do mesmo mês. Nesse período, nenhum dos profissionais que retornaram ao trabalho presencial apresentaram atestado com Covid. ‘Em contrapartida, uma pequena parcela da categoria, que estava 100% em home office, mas postava fotos viajando, em bares e academia, apresentaram atestado para a doença’, frisa a diretora de Educação.

Ao se referir ao mimimi, a representante da pasta fez uma comparação com as demais categorias, que não pararam durante a pandemia. ‘Estamos em atividades remotas há mais de 1 ano. Quase 100% dos trabalhadores da Educação com mais de 47 anos foram vacinados. Em breve, os demais serão. Mas nossa cidade conta com garis, caixas de supermercados, pessoal do Social, Limpeza Pública, Trânsito e demais profissionais que não foram imunizados e estão trabalhando todos os dias. Sei que a grande maioria dos professores quer o retorno das atividades’, destaca a Priscila”.

Com informações do G1

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