Depois de muita controvérsia, Dimas Covas, diretor-geral do Instituto Butantan, declarou, neste sábado (9), que o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, incorporou todas as doses da CoronaVac, imunizante contra a Covid-19, desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Butantan.
“Ontem de noite tive reunião com os técnicos do Ministério da Saúde. No momento, o Butantan tem 6 milhões de doses e serão incorporadas pelo ministério, à medida que houver liberação do uso emergencial. Essas vacinas serão distribuídas por todos os estados de forma proporcional, obedecendo critérios demográficos e número de pessoas nas faixas de risco. Todos os estados serão atendidos. Com essas e mais 2 milhões vindos pela FioCruz, teremos em janeiro 8 milhões de doses para iniciar a campanha”, disse Dimas.
O diretor do Butantan destacou, ainda, que a perspectiva do instituto e do Ministério da Saúde é que a distribuição da vacina comece em até 48 horas, após a liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Espera-se que isso comece tão logo a Anvisa libere. Em 24 a 48 horas depois que a Anvisa liberar, eles já teriam condição de começar a vacinação”, ressaltou.
Uso emergencial
A Anvisa anunciou, também no sábado (9), que a documentação entregue pelo Butantan no pedido para uso emergencial da vacina contra Covid-19 está incompleta.
No caso da Fiocruz, os documentos estão completos e agora a análise do pedido segue para a próxima fase.
A Anvisa começou na sexta-feira (8) a triagem dos documentos. A próxima etapa será a análise deles. O prazo total para a agência aprovar ou não o pedido é de dez dias.
“O instituto foi informado sobre a necessidade dos documentos complementares, essenciais à análise e conclusão sobre a eficácia e segurança da vacina. Na oportunidade, foram discutidos prazos e cronogramas para a apresentação dos dados faltantes”, diz trecho da nota da Anvisa.
Com informações do G1