Com o novo avanço da Covid-19 na Baixada Santista, o número de bancárias e bancários infectados pelo coronavírus aumenta proporcionalmente. Até o momento, mais de 100 casos da doença foram confirmados entre os trabalhadores do Santander, Bradesco, Itaú, Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica.
O número vem crescendo de forma exponencial, desde os primeiros dias de 2022. Além disso, foram registrados dezenas de casos de gripe. Somente no Bradesco são mais de 36 funcionários que se contaminaram na região até esta quarta-feira (12).
Diante deste cenário, várias agências foram fechadas para higienização, menos as unidades do BB e Caixa, “que seguem com o negacionismo do governo federal e colocam a vida dos bancários e familiares em risco”, aponta o Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
De acordo com o apurado pela diretoria da entidade, apesar da restrição dos bancos em colaborar com informações, dezenas de agências tiveram que fechar para limpeza com produtos específicos e até por falta de pessoal, já que em muitas unidades vários funcionários foram infectados pelo coronavírus.
Desde o dia 7 de janeiro até esta quarta (12), seis unidades do Itaú foram fechadas para limpeza, dez do Santander e 12 do Bradesco, conforme o protocolo firmado pela pressão do movimento sindical junto à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
A Caixa e o Banco do Brasil não fecharam nenhuma agência, segundo o sindicato, o que coloca em risco a vida dos funcionários e seus familiares. “Os bancos públicos afrouxaram os protocolos e por isso estão explodindo os casos de contaminação dentro de suas agências”, diz a diretoria da entidade.
Veja os números aproximados de casos por banco:
Até o momento, mais de 100 trabalhadores foram infectados. Veja os números aproximados por banco, conforme o sindicato:
Bradesco mais de 36; Banco do Brasil mais de 30; Caixa mais de 30; Itaú mais de 10; Santander mais de 20, até o momento.
“O crescimento da contaminação se deve ao comportamento da diretoria da Caixa, do BB e dos bancos privados em negar a gravidade da situação, tomando a atitude precipitada de retomar o trabalho presencial. O sindicato está empenhado, como desde o início da pandemia, em cobrar providências urgentes, além da fiscalização”, afirma Élcio Quinta, diretor financeiro do sindicato.
“Por exemplo, no Itaú obtivemos denúncias de que a sanitização, que era realizada por firmas especializadas com produtos próprios para combater e liquidar os vírus da Covid e H3N2, foi repassada às profissionais de limpeza terceirizadas do banco sem treinamento específico ou produtos eficazes, com o objetivo de baratear o custo. Estamos verificando os casos e tomaremos as atitudes políticas e jurídicas necessárias”, relata Guto Filho, dirigente do sindicato e bancário do Itaú.