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Com patamar maior de casos, médicos alertam para terceira onda mais agressiva em SP

Governo Doria tem anunciado novas flexibilizações de medidas restritivas. Especialistas dizem que número de internados pode ultrapassar em milhares o pico anterior

Foto: The Telengana Today/Reprodução

Médicos e técnicos temem que a terceira onda da Covid-19 em São Paulo seja ainda mais virulenta e agressiva do que as anteriores. Os especialistas chamam atenção para o patamar muito maior de casos positivos do vírus, acompanhado de uma maior flexibilização de medidas restritivas no estado.

Na segunda onda, entre o fim de janeiro e o começo de fevereiro, o número de internados em UTI ficou estacionado em 5.900 pacientes durante três semanas. De fevereiro a meados de março, o número de internados dobrou e chegou ao pico de 12.961.

Agora, esse número paralisou em um média de 10 mil internados, o que tem preocupado especialistas. Se acontecer algo parecido com o que foi visto na segunda onda, os internados em tratamento intensivo podem ultrapassar em milhares o pico atingido há dois meses. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

Enquanto isso, UTIs já estão no limite em algumas regiões. Segundo projeções analisadas pelos médicos do comitê contra a Covid-19 do governo de SP, as UTIs de Barretos e Araraquara podem lotar em seis dias.

Flexibilizações

O governo do estado, no entanto, continua a anunciar flexibilizações. O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (19) que o estado terá nova abertura da quarentena a partir do dia 1º de junho, com ampliação do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais até 22h.

Além da extensão de horário, o governo anunciou ainda que a capacidade máxima dos estabelecimentos será ampliada para 40% a partir do dia 24 de maio e para 60% em 1º de junho.

O governo chega a admitir que o estado pode ter um crescimento nos números de internações e mortes por Covid-19 nos próximos dias, mas defende que os indicadores não serão piores do que os verificados no pico da pandemia.

“Temos hoje cerca de 12 mil pessoas internadas em enfermaria. No pico, na pior fase, nós tínhamos 18 mil pessoas. É possível que dentro das próximas 2 ou 3 semanas a gente possa chegar a até 13 mil pessoas internadas. Hoje temos em torno de 10 mil pessoas internadas em leitos de UTI. Tivemos no período mais dramático, 13 mil pessoas em leitos de UTI. Estamos projetando até no máximo as próximas quatro semanas chegar a 11 mil pessoas internadas em leitos de UTI”, calcula o coordenador executivo do Centro de Contingência, João Gabbardo. A informação é do G1.

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