Um estudo epidemiológico, coordenado por universidades da Baixada Santista, vai mapear, até 10 de maio, o crescimento de casos do novo coronavírus na região. Ao todo, dez mil testes rápidos serão aplicados com o objetivo de aprofundar o estudo de pacientes infectados.
Conforme o resultado, algumas medidas de flexibilização da quarentena para determinados setores econômicos podem ser adotadas.
De acordo com Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), prefeito de Santos e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), o estudo vai mapear a parcela da população que já foi exposta à Covid-19 e que desenvolveu anticorpos que combatam a doença.
“Vamos realizar a aplicação de testes em massa. O objetivo é rastrear o vírus e avaliar a sua circulação na Baixada Santista para saber o nível de contaminação. Teremos dados científicos para nos auxiliar na tomada de decisão. Não serão as opiniões dos prefeitos ou de segmentos da sociedade, mas levantamento técnico e baseado no comportamento do coronavírus”, avaliou.
O projeto será financiado pelo Condesb, a custo zero para os municípios. “É algo inédito, um estudo sério e, com ele, teremos a verdadeira situação do percentual de pessoas que se infectaram. Os técnicos coletarão uma gota de sangue dos dedos de cada pessoa, que ainda preencherá um questionário detalhado”, explicou Marcos Caseiro, infectologista da Secretaria de Saúde de Santos.
Em conjunto
O levantamento acontecerá em conjunto nas nove cidades, de forma proporcional, com recortes da população por localidade, sexo e faixa etária.
Segundo o prefeito santista, a pesquisa será realizada com testes rápidos, que serão solicitados ao Ministério da Saúde. O acordo com as universidades locais será formalizado esta semana.