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Brasil registra 1.215 novas mortes e se aproxima dos 4 milhões de infectados por Covid-19

Enquanto a doença segue fazendo vítimas, Jair Bolsonaro já flerta com grupos antivacina ao falar de "não obrigatoriedade" para uma futura imunização

Foto: Secom

Por Ivan Longo, da Revista Fórum

Apesar da expectativa de que a pandemia do coronavírus comece a arrefecer no Brasil, a Covid-19 segue produzindo números altos de mortes e infectados.

Novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (1) aponta que o país registrou, em 24 horas, 1.215 novas mortes causadas pela doença, totalizando 122.596 óbitos desde o início da crise sanitária.

O número de infectados também segue crescendo e, no acumulado, o Brasil já se aproxima das 40 milhões de pessoas que tiveram contato com a doença. Nas últimas 24 horas, foram contabilizados 42.659 novos casos confirmados de Covid-19, e o total está em 3.950.931.

Antivacina

Nesta segunda-feira (31), em conversa com uma apoiadora, Jair Bolsonaro afirmou que não pode obrigar as pessoas a tomarem a futura vacina contra a Covid-19. A declaração soa estranha para o presidente de um dos países que mais vêm perdendo vidas para a pandemia.

Nesta terça-feira (1), como se não bastasse a fala do capitão da reserva, a Secretaria Especial de Comunicação (Secom) do governo usou suas páginas oficiais nas redes sociais para reforçar o recado, em um aceno a grupos conspiracionistas antivacina que crescem no Brasil e no mundo.

“O Governo do Brasil investiu bilhões de reais para salvar vidas e preservar empregos. Estabeleceu parceria e investirá na produção de vacina. Recursos para estados e municípios, saúde, economia, TUDO será feito, mas impor obrigações definitivamente não está nos planos”, diz a postagem da Secom, que é acompanhada de uma imagem que reproduz a fala de Bolsonaro de segunda-feira.

O recado sobre a “não obrigatoriedade” da futura vacina contra a Covid-19 gerou uma série de críticas nas redes sociais.

“O problema é que vacina alguma tem 100% de eficácia e o controle de qualquer doença depende de uma boa adesão à vacinação. Algumas pessoas tomarão a vacina e não desenvolverão a imunidade, outras não poderão tomar por conta de problemas imunológicos, não é justo com elas”, comentou um internauta.

“Engraçado… Pensei que a função de uma secretaria de comunicação do governo fosse fazer campanha de vacinação (qualquer uma), não amplificar bobagens do presidente…”, postou outro.

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