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Após mais de três horas de reunião, prefeitos da Baixada Santista colocam região em lockdown

A medida, chamada de "lockdown inteligente" pelo prefeito de Santos, vai valer a partir da próxima terça-feira (23); veja o que vai funcionar e o que vai estar fechado nas próximas duas semanas

Foto: Isabela Carrari/PMS

Como era esperado, diante da gravidade do cenário, os nove prefeitos da Baixada Santista decidiram, nesta sexta-feira (19), colocar a região em lockdown por, inicialmente, duas semanas.

A medida vai valer a partir da próxima terça-feira (23). Mesmo assim, alguns estabelecimentos comerciais poderão abrir as portas seguindo restrições.

A decisão ocorreu depois de mais de três horas de reunião do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb). A implantação do lockdown é consequência dos números alarmantes de novos casos de contaminações de Covid-19 e de leitos ocupados.

Os transportes público e individual, o que inclui táxis e veículos de aplicativos, por exemplo, ficarão restritos aos períodos da manhã e do começo da noite para atender aos trabalhadores. Os supermercados poderão funcionar até 20 horas, sem a venda de eletrodomésticos, roupas e artigos que não sejam de alimentação, que não sejam de higiene, ou produtos básicos.

“São medidas muito mais restritivas do que as do governo do estado, mas necessárias neste momento”, disse o prefeito de Santos e presidente do Condesb, Rogério Santos (PSDB), que chamou a medida de “lockdown inteligente”.

O prefeito já havia anunciado, na manhã desta sexta, que o calçadão da orla da praia de Santos será interditado a partir do fim de semana. 

Quem descumprir as regras do lockdown estará sujeito a multas que variam de R$ 300 a R$ 10 mil. A fiscalização ficará por conta da Polícia Militar, Guarda Municipal, Procon e Secretaria Municipal de Finanças (Sefin).

O que funciona

Segurança privada de estabelecimentos comerciais e de prédios;

Indústrias essenciais de serviços;

Transporte individual por aplicativos;

Transporte público com restrições de horário, período da manhã e fim do dia;

Delivery de serviços essenciais e de alimentação até 22h;

Lojas de materiais de construção e restaurantes, com portas fechadas;

Serviços essenciais;

Comércio atacadista e hortifruti para garantir abastecimento de mercados;

Transporte de valores;

Farmácias 24 horas, clínicas, atendimento hospitalar, consultório médico emergencial, clínicas veterinárias;

Padarias, supermercados e pequenas vendas estão permitidos até às 20h;

Supermercados até 20h, sem a venda de eletrodomésticos, roupas e artigos que não sejam de alimentação, que não sejam de higiene, ou produtos básicos.

O que não funciona

Feiras livres;

Obras civis públicas e particulares (permitidas em casos de urgência ou manutenção);

Hotéis e pensões;

Comércio de imóveis de temporada.

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