O médico infectologista Marcos Caseiro fez um alerta em relação à Covid-19, durante sua participação no Fórum Onze e Meia desta sexta-feira (28): “A volta às aulas agora é absolutamente equivocada”.
“A situação é simples. Estamos há dois anos nessa situação e agora que já está liberada a vacinação para essa faixa etária devemos garantir a imunização das crianças”, avaliou.
Caseiro apontou que é necessário a criação de “uma força-tarefa no Brasil para vacinar em massa esse público, pois o país é um dos que mais registram mortes de crianças por Covid-19. Além disso, entre 40% a 60% das crianças moram com os avós, o que aumenta ainda mais o risco. Deveríamos esperar”.
O infectologista destacou, também, que, apesar do aumento significativo de casos em vários países do mundo da nova variante do coronavírus, a Ômicron, o número de ocorrências graves e óbitos não acompanha esse ritmo.
“As mortes e os casos que exigem internação em UTI são muito menores do que antes”, disse, lembrando: “Esperávamos uma explosão de casos da variante Delta, mas acabou não acontecendo”.
Caseiro fez outra constatação importante em relação à relevância da imunização contra a Covid-19: “Eu posso afirmar que quem foi plenamente vacinado não vai para a UTI. Vejo isso no meu dia a dia nos hospitais”.
Com o objetivo de corroborar sua afirmação, o infectologista revelou que, em contrapartida, “quem não se vacina tem 20 vezes mais risco de ir para a UTI e de morrer”.
Médico acredita que pico de casos no Brasil será na metade de fevereiro
Além disso, o médico relatou que, em países como Estados Unidos e África do Sul, a quantidade de casos da Ômicron já está diminuindo.
“No Brasil, acredito que o pico será na metade de fevereiro. Depois disso, a tendência é o declínio”, afirmou.
Variante Ômicron tem período de incubação mais curto
A Ômicron tem um período de incubação mais curto em relação às outras: três dias depois do contato com alguém infectado os sintomas aparecem.
Questionado a respeito de quanto tempo o vírus fica na pessoa infectada, o médico respondeu: “Para quem é assintomático, sete dias. Para quem tem sintomas, a recomendação é dez dias, a partir do início desses sintomas”.
Ao ser perguntado sobre quando a pessoa que contraiu a doença pode ser vacinada, o médico respondeu: “O ideal é 30 dias”, apontou.