Sob polêmicas, pastor toma posse como quarto ministro da Educação do governo Bolsonaro

Antes mesmo de assumir, Milton Ribeiro já é conhecido por suas falas conservadoras, homofóbicas e machistas; Jair Bolsonaro deverá participar da cerimônia de posse por videoconferência

Milton Ribeiro - Foto: Reprodução

Por Luisa Fragão, da Revista Fórum

O pastor Milton Ribeiro assume como ministro da Educação na tarde desta quinta-feira (16), no Palácio do Planalto, em Brasília. De acordo com ele, o presidente Jair Bolsonaro deverá participar da cerimônia por videoconferência, já que está com coronavírus.

“Acabei de ser informado pela chefia do gabinete da presidência que minha posse se dará nesta quinta-feira, às 16 horas, no Planalto. O Presidente participará virtualmente”, afirmou o pastor no Twitter, na terça-feira (14).

Milton Ribeiro é o quarto ministro da Educação do governo Bolsonaro em um ano e meio. Poucas horas após a divulgação da escolha, na semana passada, vídeos com falas absurdas do pastor passaram a repercutir nas redes sociais. Após a divulgação das gravações, Ribeiro deletou o conteúdo de seu canal no YouTube.

Em um dos vídeos, por exemplo, intitulado “uma sociedade deteriorada”, Ribeiro opina sobre liberdade sexual e ataca as universidades. “Depois daquilo que chamam de revolução sexual dos anos 60, com a chegada da pílula e de uma liberdade maior nessa área sexual, o mundo perdeu a referencia do que é certo e do que é errado em termos de conduta sexual”, diz o novo ministro.

“Marcas”

Em outro vídeo, intitulado “A Vara da Disciplina”, Ribeiro afirma que é preciso “deixar marcas” nos filhos. “Não dá para argumentar de igual para igual com criança, senão ela deixa de ser criança. Deve haver rigor, severidade. Vou dar um passo a mais, talvez algumas mães até fiquem com raiva de mim: deve sentir dor”, defende o pastor.

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