Os mortos em Petrópolis (RJ) em decorrência das chuvas já passam de 100. No Brasil, desde 1º de outubro do ano passado, 206 pessoas já perderam suas vidas pelo mesmo motivo. Os dados são da Defesa Civil dos Estados e do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres do Governo Federal.
Os óbitos por conta do período sazonal de enxurradas ocorreram em ao menos cinco Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo.
Mortos e desaparecidos
Até as 23h30 desta quarta-feira (16), 104 mortes foram registradas em Petrópolis. Pelo menos oito vítimas são crianças. A Secretaria Estadual de Defesa Civil informou que 24 pessoas foram resgatadas com vida.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, ainda não sabe o número de desaparecidos, mas o cadastro do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), feito até o início desta noite, indica que ao menos 35 pessoas são procuradas.
Além disso, 54 casas foram destruídas e mais de 370 pessoas foram acolhidas em abrigos.
Últimos seis anos
O Sistema Integrado de Informações sobre Desastres aponta que ocorreram 637 mortes por desastres decorrentes das chuvas no Brasil nos últimos seis anos, de acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Entre 2021 e 2022, foram 67 mortes, um dos maiores índices da série histórica e superior aos 51 óbitos do período anterior. O recorte com maior número de mortes do estudo foi 2018/2019 com 327. O número engloba, porém, as 264 vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho (MG).
Prejuízos
O CNM informa ainda que os prejuízos econômicos ocorridos após as enxurradas nos setores de agricultura, pecuária e indústria chegam a R$ 51,3 bilhões nos últimos seis anos. Só nos últimos três meses, o estado de Minas Gerais, um dos mais prejudicados pelas chuvas, teve prejuízos de R$ 6,1 bilhões. Hoje, 422 cidades estão em situação de emergência, conforme a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec).
Com informações do Estadão e do G1