A alta de 25% no Diesel e 18% na gasolina provocou uma explosão na inflação, que bateu 1,62% em março, maior índice mensal desde 1994, um mês após o lançamento do Plano Real, ainda no governo Itamar Franco.
Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados na manhã desta sexta-feira (8) pelo IBGE, a inflação acumulada nos três primeiros meses do ano chegou a 3,20%, bem próxima à primeira meta estipulada pelo Banco Central, de 4,7% para todo o ano de 2022.
Nos últimos 12 meses, a alta de preços atingiu 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em março. O grande vilão foi justamente o setor de transportes, com a elevação dos preços dos combustíveis, que chegou a 3,02%.
Na sequência, veio o grupo alimentação e bebidas, com alta de 2,42%, impactado diretamente pelo setor de logística, que depende dos combustíveis.
Além deles, houve aceleração também nos grupos Vestuário (1,82%), Habitação (1,15%) e Saúde e cuidados pessoais (0,88%).
Alta dos combustíveis
O resultado do grupo Transportes (3,02%) foi influenciado, principalmente, pela alta nos preços dos combustíveis (6,70%), em particular, o da gasolina (6,95%), subitem com maior impacto individual (0,44 p.p.) no índice do mês.
Além disso, houve altas nos preços do gás veicular (5,29%), do etanol (3,02%) e do óleo diesel (13,65%).
A aceleração do grupo Transportes também está relacionada à alta nos preços de alguns serviços, como o transporte por aplicativo (7,98%), o seguro voluntário de veículo (3,93%) e o conserto de automóvel (1,47%).