A taxa de desemprego no país foi de 7,8% no trimestre móvel encerrado em agosto, a menor para um trimestre encerrado neste mesmo mês desde 2014 (7%) e também a menor para qualquer trimestre da pesquisa desde fevereiro de 2015 (7,5%).
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números representam uma queda de 0,5 ponto percentual (p.p) em relação ao trimestre anterior, de março a maio de 2023. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a taxa de desocupação caiu 1,1 ponto percentual.
O resultado ficou em linha com as expectativas do mercado. O intervalo das projeções de 29 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Econômico ia de 7,7% a 7,9%.
Segundo o levantamento, cerca de 528 mil pessoas entraram no mercado de trabalho. No trimestre encerrado em agosto, o país tinha 8,4 milhões de desempregados, pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. A queda foi de 13,2% frente a igual período de 2022 (menos 1,3 milhão de pessoas). É o menor contingente de desempregados desde o trimestre encerrado em junho de 2015 (8,5 milhões).
A população ocupada entre junho e agosto (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 99,7 milhões de pessoas. O número representa um avanço de 1,3% em relação ao período do trimestre anterior (mais 1,3 milhão de pessoas ocupadas). Frente a igual trimestre de 2022, subiu 0,6% (mais 641 mil pessoas).
A queda na taxa de desocupação, segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio, está diretamente influenciada pela alta de número de pessoas trabalhando.
“Esse quadro favorável pelo lado da ocupação é o que permite a redução do número de pessoas que procuram trabalho”, completa a pesquisadora.
Rendimento salarial
Segundo a Pnad, o rendimento real habitual do trimestre encerrado em agosto ficou estável na comparação com o trimestre encerrado em maio, e foi de R$ 2.947. No ano, esse valor significa um crescimento de 4,6%.
A massa de rendimento real habitual, por sua vez, chegou a R$ 288,9 bilhões e bateu recorde da série histórica, crescendo 2,4% frente ao trimestre anterior e 5,5% na comparação anual.