Economia derrete: produção industrial registra queda em quase todo Brasil

Levantamento feito pelo IBGE revela que, das 15 regiões pesquisadas, 10 apresentaram recuo

Foto: Agência Brasil

Além do custo de vida ter explodido no governo de Jair Bolsonaro (PL) com a alta constante no preço dos alimentos, a produção industrial também está em frangalhos. De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial teve recuo de 2,4% na passagem de dezembro de 2021 para janeiro de 2022. 

Segundo o instituto, a queda da produção industrial foi registrada em 10 dos 15 locais pesquisados: Amazonas (-13%), Minas Gerais (-10,7%) e Pará (-9,8%) registraram os recuos mais acentuados. 

Além dos estados acima citados, também registraram queda na produção industrial o Paraná (-5,1%), Ceará (-3,8%), Goiás (-1,7%), a região Nordeste (-1,6%), o Rio de Janeiro (-1,4%) e São Paulo (-1%). 

O levantamento completo pode ser conferido aqui.

Brasil de Bolsonaro completa seis meses com inflação acima de dois dígitos

O Brasil do presidente Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, está há um semestre com inflação ao consumidor acumulada acima de 10%, apontam dados divulgados na sexta-feira (11) pelo IBGE.

A última vez que o fenômeno ocorreu foi entre 2002 e 2003, logo após o final do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e início do governo Lula (PT). Na época, a inflação acumulada em 12 meses ficou em dois dígitos durante 13 divulgações, de novembro de 2002 a novembro de 2003, sob efeito da pressão do câmbio em meio a turbulências da área política.

Há seis meses, desde setembro de 2021, o indicador registra inflação de dois dígitos nessa base de comparação.

Inflação explode e bate 1,56% nos dois primeiros meses de 2022

O IPCA de fevereiro foi de 1,01%, 0,47% ponto percentual acima do registrado em janeiro (0,54%). Essa é a maior variação para um mês de fevereiro desde 2015, quando o índice foi de 1,22%. 

No ano, o IPCA acumula alta de 1,56% e, nos últimos 12 meses, de 10,54%. Em fevereiro de 2021, a variação havia sido de 0,86%.

Os grupos responsáveis pela alta foram o de educação, com alta de 5,61%, seguido do grupo de alimentação e bebidas, que registrou variação de 1,28%. 

No grupo de alimentação foi justamente no consumo domiciliar que a alta foi registrada, com variação de 1,65%. A batata-inglesa ficou 23,49% e a cenoura 55,41%. As frutas também ficaram mais caras e tiveram alta de 3,55%.

Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).
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