O deputado federal Alencar Santana Braga (PT-SP) anunciou, nesta terça-feira (26), que vai acionar o Ministério da Justiça e a Polícia Federal (PF) para cassar o porte de arma do pastor santista Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro (PL).
Isso porque Ribeiro, na segunda-feira (25), se atrapalhou ao tentar separar sua arma de fogo do carregador no aeroporto de Brasília e acabou causando um disparo. Os estilhaços atingiram uma funcionária da companhia aérea GOL.
“O que leva um professor universitário, ex-ministro da Educação, um pastor, a andar armado? Qual o sentido? Qual a necessidade? Nenhuma. Quem tem que ter autorização para uso de arma são profissionais que trabalham com ela, e não essa política desenfreada do governo Bolsonaro de incentivo ao de uso de armas”, declarou Alencar Santana ao anunciar as ações contra o porte de arma de Ribeiro.
“Queremos que ele tenha o porte cassado. Não podemos permitir que uma pessoa sem preparo nenhum continue portando arma”, prosseguiu o parlamentar.
Cuidado, pastor armado
O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro precisou prestar esclarecimentos, nesta segunda-feira (25), à Superintendência da Polícia Federal (PF) do Distrito Federal. Uma arma de fogo de sua propriedade disparou, acidentalmente, no aeroporto de Brasília.
Em seu depoimento, o pastor evangélico declarou que o disparo ocorreu no momento em que ele foi separar a arma do carregador, dentro de sua pasta de documentos. Ribeiro afirmou, ainda, ter “medo de expor sua arma de fogo publicamente no balcão” da empresa aérea.
O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) disse, também, que, “como já havia feito o ‘despacho de arma de fogo’ pela internet se dirigiu diretamente ao balcão da companhia aérea Latam; que ao abrir sua pasta de documentos pegou a sua arma para separá-la do carregador, dentro da própria pasta, momento em que ocorreu o disparo acidental”, declarou.
Ribeiro embarcaria em um voo com partida às 19h50 para São Paulo.
O pastor afirmou, ainda, que, como “havia outros objetos dentro da pasta, o local ficou pequeno para manusear sua arma. O declarante, com medo de expor sua arma de fogo publicamente no balcão, tentou desmuniciá-la dentro da pasta, ocasião em que ocorreu o disparo acidental”, destacou o documento.