O avanço da pandemia do coronavírus e o consequente aumento do número de mortos pela doença pode fazer com que faltem caixões para enterrar as vítimas fatais. O alerta é do presidente da Associação dos Fabricantes de Urnas do Brasil (Afub), Antônio Marinho. “Pode haver desabastecimento”, diz.
Já está faltando, inclusive, matéria-prima. “Estão em falta, principalmente, o MDF (painel de madeira), o TNT (material feito de polipropileno) e o aço. Esses produtos sumiram do mercado”, afirma, em entrevista a Carlos Eduardo Cherem, no UOL.
Marinho revela que as fábricas brasileiras de urnas produziam aproximadamente 100 mil unidades por mês. Com a pandemia, foi registrado aumento de 20% na produção.
Aumento no preço
O presidente da Afub não diz o valor das urnas vendidas para as funerárias. No entanto, conta que, desde o início da pandemia, os caixões tiveram os preços aumentados em 20%.
“Não temos mais estoques estratégicos, então cotizamos a produção. Cada cliente recebe uma cota. Não dá para passar disso. Antes, a empresa tinha um planejamento para três meses. Hoje, planejamos para os próximos dias. Não há como prever o volume de produção em um prazo maior”, acrescenta.