Investigado por ter realizado um show no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, na sexta-feira (12), mesmo com as proibições devido à pandemia, o cantor Belo foi preso, nesta quarta-feira (17), pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), da Polícia Civil do Rio.
A apresentação ocorreu dentro da Escola Municipal do Parque União, e reuniu uma multidão, em atitude contrária às medidas de combate ao coronavírus.
Além disso, a apresentação não recebeu autorização da Secretaria Municipal de Saúde. A polícia investiga, ainda, a invasão ao colégio, de acordo com reportagem de Leslie Leitão, no G1.
A DCOD cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão. Uma das buscas foi na sede da produtora Série Gold, empresa que organizou o show.
Os mandatos de prisão preventiva são contra Marcelo Pires Vieira, o Belo, cantor; Célio Caetano, sócio da produtora; Henriques Marques, o Rick, sócio da produtora; Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, chefe do tráfico no Parque União.
Outras prisões
Não é a primeira vez que Belo é preso. Em 2002, ele foi condenado a seis anos de prisão, acusado de associação para o tráfico. De acordo com a polícia, o cantor negociou drogas e armas pelo telefone com um traficante. Ficou preso por um mês e conseguiu responder em liberdade.
O Ministério Público (MP) recorreu e a Justiça aumentou a pena para oito anos. Belo foi preso de novo em 2004. Na segunda vez, passou três anos e oito meses na cadeia.