Por Carolina Fortes
O Brasil vive uma das maiores crises econômicas da história, o que dificulta o acesso da população a direitos básicos como moradia e alimentação. Em 2021, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica aumentou em todas as 17 capitais onde o levantamento é realizado.
O custo para que o brasileiro possa se alimentar dignamente variou de R$ 478,05 em Aracaju a R$ 690,51 em São Paulo. Criado por Jair Bolsonaro (PL) para substituir o Bolsa Família, o valor médio do programa eleitoreiro Auxílio Brasil (R$ 407,54) não é capaz nem mesmo de comprar uma cesta básica.
De acordo com o Dieese, as altas mais expressivas da cesta básica, quando se compara dezembro de 2020 com o mesmo mês de 2021, foram registradas em Curitiba (16,30%), Natal (15,42%), Recife (13,42%), Florianópolis (12,02%) e Campo Grande (11,26%). As menores taxas acumuladas foram as de Brasília (5,03%), Aracaju (5,49%) e Goiânia (5,93%).
Entre novembro e dezembro de 2021, o valor da cesta subiu em oito cidades, com destaque para Salvador (2,43%) e Belo Horizonte (1,71%). A redução mais importante foi registrada em Florianópolis (-2,95%).
Em dezembro do ano passado, o maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi o de São Paulo (R$ 690,51), depois o de Florianópolis (R$ 689,56) e, em seguida, o de Porto Alegre (R$ 682,90). Entre as cidades do Norte e Nordeste, localidades onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 478,05), João Pessoa (R$ 510,82) e Salvador (R$ 518,21).