Aglomerações causam pico de internações em Manaus, que tem 91% dos leitos de UTIs ocupadas

Capital amazonense, que viveu caos com o coronavírus em 2020, já registra um número de internações superior ao registrado na primeira onda da doença

Sepultamento de caixão lacrado no Cemitério Tarumã, em Manaus (AM) - Foto Valdo Leão/Semcom

Os protestos para manter a reabertura do comércio e as aglomerações causadas no fim de ano causaram um novo pico de internações por causa das contaminações por coronavírus em Manaus, capital do Amazonas.

A taxa de ocupação dos leitos das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) na cidade bateu 91% nesta segunda-feira (4) e o número de internações já é maior do que no pico registrado no primeiro semestre de 2020.

Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do Amazonas, o número de internações causadas pela doença chegou a 183 no início desta semana, o maior registrado desde o início da epidemia. Desse total, 177 (96%) são em Manaus.

“A gente está, sim, vivendo uma segunda onda da doença. Infelizmente, o relaxamento das medidas de biossegurança, o processo eleitoral e as festas de fim de ano criaram esse cenário”, disse a secretária municipal de Saúde de Manaus, Shadia Fraxe, ao jornal O Globo.

Relaxamento

Segundo o secretário estadual de Saúde, Marcellus Campêlo, o estado deve atingir um novo pico de internações entre os dias 13 e 15 deste mês, decorrentes das aglomerações nas festas de fim de ano.

“Houve um relaxamento da população, apesar de toda a nossa propaganda para que isso não acontecesse. Vimos aglomerações em bares, praias e balneários. Depois, tivemos Sete de Setembro, convenções partidárias, primeiro turno, muita aglomeração. E, logo em seguida, tivemos o período natalino. Estamos colhendo o fruto disso. E ainda vamos colher os frutos da aglomeração de Natal”, afirmou, também ao jornal O Globo.

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